domingo, 22 de outubro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 23/23

CRISTO É O VERDADEIRO DEUS E DEVE SER ADORADO

TEXTO BÁSICO: 1João 5:20 e 21

INTRODUÇÃO:

João termina a sua primeira carta reconhecendo que Jesus é o Cristo, o Messias, o Ungido de Deus, e deve ser verdadeiramente reconhecido e adorado.

EXAMINANDO OS TERMOS:
VERDADEIRO: (1João 5:20)
No grego “alethinos”, tem a idéia de “real ou genuíno”.

Em João 1:9, Jesus Cristo é a verdadeira luz, em contraste com João Batista.

Em João 4:23, fala-se de verdadeiros adoradores, aqueles cuja adoração é baseada na realidade, não na aspiração humana.

Em João 6:32, Jesus fala que Deus agora lhes dava o verdadeiro pão. O maná era alimento físico, o verdadeiro pão, Jesus Cristo, alimento espiritual.

Em João 15:1, Jesus é videira verdadeira (digno do nome).

ÍDOLO: (1João 5:21)
Todo o substituto de Deus é um ídolo. João provavelmente refere-se aos erros doutrinários, morais e éticos que, na prática, são idolatria: ”Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Coríntios 10:14).

No grego “eidolon”, tem a idéia de imagem, ídolo, impressão, exemplo. A palavra imagem sugere uma representação visual ou mental.

Outros termos derivados no grego são: “eidolothyton”, que quer dizer “carne oferecida a ídolos”; “eidoleion”, que quer dizer “templo de um ídolo”; “kateidolos”, que quer dizer “cheio de ídolos”; “eidolalatres”, que quer dizer ”idólatra, adorador de ídolos” e “eidololatria”, que quer dizer “idolatria, adoração de ídolos”.

EXAMINANDO O TEXTO:
João joga bem com a idéia do verdadeiro e do falso.

Fala daquilo que é verdadeiro (Jesus Cristo, Filho de Deus) e ao mesmo tempo já avisa à igreja para guardar-se, tomar cuidado, com os ídolos (falsidade que satanás usa, como direito legal, para estar na vida das pessoas [por detrás dos ídolos]).

Ele inicia este final da carta usando a palavra: “sabemos”. Ou seja: ele não coloca em dúvida, com a Igreja, de que já havia certeza de que Jesus Cristo era, indubitavelmente, o Filho de Deus, o Messias, o Cristo, o Ungido para trazer salvação e vida eterna aos que crêem.

Nesta última parte João nos fala por sete vezes, afirmando que sabemos:
Sabemos que temos a vida eterna (v.13);
Sabemos que se pedimos alguma coisa, segundo a Sua vontade, ele nos ouve e nos atende (v.14 e 15);
Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado (v.18);
Sabemos que somos de Deus (v.19);
Sabemos que o Filho de Deus é vindo (v.20);
Sabemos que Jesus é o Verdadeiro Deus (v.20); e,
Sabemos que Jesus é a vida eterna (v.20).

Interessantíssimo terminar uma carta dessa maneira: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. É como se fosse um P.S. (post-scriptum) de maior importância, pois João orientava que ninguém deveria se desviar da verdade. Os gnósticos poderiam até aceitar se contaminar com o altar dos ídolos, mas isto não era para acontecer com os verdadeiros filhos de Deus.

Aps. Bertoni e Alice – 22.10.2000

domingo, 15 de outubro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 22/23

O PODER DA INTERCESSÃO

TEXTO BÁSICO: 1João 5:13 a 19

INTRODUÇÃO:

João liga agora o fato de crermos, com o poder que temos na nossa intercessão.

EXAMINANDO OS TERMOS:
PECADO NÃO PARA MORTE: (1João 5:16)

Qualquer pecado na vida de uma pessoa, ou de uma comunidade, deve produzir intercessão e conseqüente restauração, pois é passível de confissão e perdão.

PECADO PARA MORTE: (1João 5:16)

Não está se falando aqui de morte física. Podemos ligar esta expressão à expressão “blasfêmia contra o Espírito Santo”, conforme vemos em Mateus 12:31 e 32: “Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”.

Blasfêmia contra o Espírito Santo é rejeitar as mais claras provas de que as obras de Jesus, que revelam a aproximação do Reino de Deus, foram feitas pelo poder do Espírito Santo. É, ainda, alegar que as obras do Espírito Santo pertencem ao diabo. É sinal de endurecimento tão completo, a ponto de não existir nenhuma esperança de arrependimento e conversão; o pecador torna-se incapaz de reconhecer ou distinguir entre o divino e o diabólico.

EXAMINANDO O TEXTO:
João volta a afirmar que escreveu esta carta a fim de que nós tenhamos confiança de que há vida eterna e que estamos, através de Jesus Cristo, nessa vida eterna com Deus.

Por causa desta confiança que temos, de que Deus é o nosso Pai e de que Jesus Cristo é o nosso irmão mais velho, tendo pedido ao Pai que nos adotasse na família de Deus, podemos orar e pedir coisas a Deus.

Se a nossa vontade estiver de acordo com a vontade boa, perfeita e agradável de Deus, Deus Pai atenderá a nossa oração.

Tendo esta certeza, de que Ele nos ouve, por causa de Jesus Cristo (“E tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” - João 14:13), podemos pedir.

Podemos e devemos interceder pelos nossos irmãos, quando eles estão em pecado. Podemos e devemos pedir vida.

Não adianta orar e pedir ao Pai por aqueles que estão falando contra a obra do Espírito Santo, pois estão pecando para a morte. Deus já julgou esta situação.

Toda injustiça é pecado, mas ressalve-se que há pecado que não é para morte, pois podemos nos consertar com Deus e com os nossos semelhantes.

Quando eu não sou nascido de Deus eu vivo em pecado.
Quando eu sou nascido de Deus eu não vivo em pecado e o maligno não pode me tocar.
Somos de Deus ! Aleluia !!!

Aps. Bertoni e Alice – 15.10.2000

domingo, 8 de outubro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 21/23

O TRÍPLICE TESTEMUNHO SOBRE CRISTO (parte II)

TEXTO BÁSICO: 1João 5:9 a 12

INTRODUÇÃO:

João continua a falar sobre fé, agora colocando as coisas espirituais de uma forma tal que encerra toda a questão de ser ou não ser salvo. Ou crê em Jesus Cristo e em Deus, ou não crê em nada. Ou é ou não é novo nascido, discípulo.

EXAMINANDO OS TERMOS:
TESTEMUNHO: (1João 5:6 e 7, 9 a 11).
Os termos gregos usados são: “marturía” (substantivo) e ”marturéo“ (verbo).

Há outras palavras gregas “martúrion” “diamartúromai” e “epimartúreo”, que no presente texto não foram usadas.

Dependendo do contexto, são traduzidas por: testemunho, evidências em prol de alguma coisa, as tábuas de pedra sobre as quais foram gravados os dez mandamentos, a arca da aliança, o livro inteiro da lei, a Palavra de Deus dada a algum profeta, o evangelho cristão, as Escrituras em sua inteireza.

Em João 15:26 encontramos: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

CRÉDITO: (1João 5:10)
Na língua portuguesa, encontramos a definição de crédito, como: confiança, ou segurança na verdade de alguma coisa, crença, reputação, boa fama, influência, consideração, autoridade, valia, importância, etc.

Temos também a expressão “dar crédito” que significa: acreditar que existe ou que é como se diz, ter por verdadeiro o que alguém afirma, torná-lo valioso e importante, conferir-lhe autoridade, adquirir-lhe boa reputação.

EXAMINANDO O TEXTO:
João está falando que, muitos de nós, achamos correto, conveniente e justo aceitar os testemunhos de outros homens, à respeito de algumas coisas que eles nos dizem.

Claro está que “o testemunho de Deus é maior”, merece maior crédito ainda.
É Deus quem dá testemunho a respeito de Seu Filho Jesus Cristo.

Assim, aquele que crê, que dá crédito a Deus, de que Ele está falando a verdade, e então crê que Jesus Cristo é o Seu Filho, Salvador da humanidade, tem, da parte de Deus, um testemunho vivo que ele próprio é filho de Deus.

Isto acontece em nível de espírito: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito, que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16).

Aquele que não crê, neste testemunho, de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, faz de Deus um ser mentiroso.

O testemunho é muito claro: Deus nos deu a vida eterna através de Seu Filho, Jesus Cristo de Nazaré.

Aquele que tem o Filho de Deus como seu Salvador e Senhor, tem a vida eterna.

Aquele que não tem o Filho de Deus como seu Salvador e Senhor, tem morte eterna.

Aps. Bertoni e Alice – 08.10.2000

domingo, 1 de outubro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 20/23

O TRÍPLICE TESTEMUNHO SOBRE CRISTO (parte I)

TEXTO BÁSICO: 1João 5:6 a 8

INTRODUÇÃO:

João continua a falar sobre fé, agora colocando as coisas espirituais de uma forma tal que encerra toda a questão de ser ou não ser salvo. Ou se crê em Jesus Cristo e em Deus, ou não se crê em nada. Ou se é ou não se é novo nascido, a saber: discípulo.

EXAMINANDO OS TERMOS:
ÁGUA: (1João 5:6 e 8)
A alusão aqui feita é ao batismo de João Batista, ao tempo da unção de Jesus Cristo pelo Espírito Santo (Mateus 3:13 a 17; Marcos 1:9 a 11; Lucas 3:21 e 22; João 1:32 a 34). Sua missão de Messias (O Cristo) estava se iniciando. O Apóstolo João estava combatendo, mais uma vez, o gnosticismo, que negava que Jesus fosse humano e divino.

Os gnósticos pervertiam isso, supondo que o homem Jesus de Nazaré fora “possuído” pelo aeon “aeon”, que seria o Espírito-Cristo, por ocasião do seu batismo. Esse “aeon” o deixou quando morreu na cruz.

Mediante essa noção, mantinham distinção de pessoas entre o Espírito-Cristo e Jesus de Nazaré, desse modo negando a verdade bíblica da encarnação.

Não há qualquer alusão ao batismo cristão, mas ao batismo de João.

O intuito do autor é salientar as questões históricas relativas à missão do Cristo encarnado, e não algum sacramento posterior da cristandade.

SANGUE: (1João 5:6 e 8)
Está em foco a expiação (pagamento de pecado) pelo sangue de Jesus Cristo.
Jesus, o Cristo, morreu, e isso fez expiação pelo pecado (ver 1João 2:2).

Os gnósticos supunham que Cristo, o “aeon”, não poderia sofrer e nem morrer, e que a morte de Jesus não foi a mesma coisa que a morte de Cristo, não tendo havido qualquer valor expiatório nessa morte. Quando muito, Jesus teria morrido como mártir, em defesa de uma boa causa.

Na verdade Cristo viera pelo sangue.

A menção do sangue fala sobre os benefícios que os homens recebem devido à expiação pelo sangue de Cristo, e, apenas, mui indiretamente, através da Ceia do Senhor, que celebra isso.

EXAMINANDO O TEXTO:

O Evangelho de João foi escrito para despertar a fé (20:31). A primeira carta foi escrita para dar certeza de fé.

João está dando continuidade ao versículo 5, quando no versículo 6 ele fala “Este”.

Fala de Jesus Cristo, que veio por meio de água e sangue.
Água, um dos elementos que saiu do lado de Jesus, quando expirou na cruz.
Sangue, o outro elemento que saiu do lado de Jesus, quando ferido por lança.
Deus permitira isso para mostrar a verdadeira morte de Jesus Cristo, tendo sido furada a sua carne e a sua pleura, dali saindo água. Morto mesmo.

O Espírito é quem testifica isto como verdade no nosso espírito.

No céu o Testemunho é triplo: Pai (Deus), Palavra (Jesus Encarnado) e Espírito Santo. Os três formam a triunidade de Deus.

Na terra o Testemunho é triplo: Espírito (que convence do pecado, da justiça e do juízo), a água (que representa a Palavra de Deus, que nos lava e a água do batismo) e o sangue (que tem valor de remissão para nós). Os três são para testemunhar um só propósito: Jesus Cristo é o Messias, o Salvador.

Aps. Bertoni e Alice – 01.10.2000

domingo, 24 de setembro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 19/23

A FÉ QUE VENCE O MUNDO

TEXTO BÁSICO: 1João 5:1 a 5

INTRODUÇÃO:

João dá uma lição muito prática para aqueles que têm sido derrotados nas situações de vida cotidiana, neste mundo. Ele ensina que ter fé em Deus e em Jesus Cristo o Seu filho, nos dá a garantia de vitória neste mundo.

EXAMINANDO OS TERMOS:
NASCIDO DE DEUS: (1João 5:1 e 4)
O termo grego anõthen “anõthen” pode significar uma dentre três coisas, a saber: 1) Novamente, isto é, espiritualmente; 2) Nascer do alto; e, 3) Nascer de cima. Todas são traduções possíveis. João, ao descrever a obra de regeneração espiritual, que é o Novo Nascimento, usa no sentido “de cima”, como algo vindo de Deus (vide também João 1:13, 1ª João 3:9, 4:7 e 5:1, 4 e 8). Isto significa que o novo nascido (aquele que é nascido de Deus), necessariamente tem a sua origem em Deus, no Espírito Santo, no outro mundo, que é o mundo celestial, ou o mundo espiritual. O fato é que o indivíduo nasce “novamente”, por obra vinda “de cima”, vinda “do alto”.

Jesus Cristo falou claramente para Nicodemos (João 3:3): “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Nicodemos entendeu “novamente”, quando deveria ter entendido “do alto”, ou “de cima”. Por isso ele começou a argumentar que seria muito difícil, ou até impossível, alguém entrar novamente no ventre materno, já sendo grande, e “nascer de novo”.

O novo nascimento está intimamente ligado à “regeneração” = gerar de novo.

FÉ: (1João 5:4)
A fé é que nos leva a reconhecer a realidade das coisas espirituais, fazendo-nos entendê-las. Em Hebreus 11:1 diz que: “Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”.

No grego é hupostasis “hupostasis” que se traduz por substância ou por confiança.
“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6a).

EXAMINANDO O TEXTO:
Quando eu tenho fé (creio) que Jesus é o Cristo (o Messias, o Ungido de Deus), sou nascido de novo, tenho o novo nascimento.

Quando eu amo a Deus (que gerou a Jesus Cristo), eu também amo a Jesus.

Para manifestar esse amor, tenho que praticar os mandamentos de Deus.
O amor de Deus é manifestado quando eu guardo os seus mandamentos e não os considero penosos, difíceis de cumprir.

Para vencer as circunstâncias adversas que o mundo me apresenta, tenho que ser nascido de novo.

A vitória, o vencer o mundo, acontece na minha vida, quando eu tenho fé, quando eu creio de todo o coração que Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são por mim. O mundo não pode me vencer.

Você é aquele que vence o mundo, porque você crê em Jesus Cristo. Você crê que Ele é o Filho de Deus.

Aps. Bertoni e Alice – 24.09.2000

domingo, 17 de setembro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 18/23

O PERFEITO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO

TEXTO BÁSICO: 1João 4:18 a 21

INTRODUÇÃO:

João continua a falar dos benefícios do perfeito amor, colocando-o como instrumento para lançar fora o medo. Na prática, ele prova quem ama de verdade ou quem é mentiroso, e reafirma que o amor é um mandamento do Senhor.

EXAMINANDO OS TERMOS:
MEDO: (1João 4:18)
O dicionário da língua portuguesa define medo como: terror, receio, perturbação que se sente com a idéia de um perigo real ou aparente ou com a presença de alguma coisa estranha ou perigosa, temor, receio de ofender ou de causar algum mal, de ser desagradável.

Phobos “phobos” no grego, o adjetivo é definido pelo dicionário bíblico como: terror, medo, alarme, susto, reverência, respeito, temor respeitoso; o verbo phobeomai “phobeomai” como: ter medo de, temer, reverenciar, respeitar; e o substantivo phoberos “phoberos” como: terrível, temível, assustador.

TORMENTO: (1João 4:18)
Kolasis “kolasis”, o vocábulo grego, é traduzido por “tormento, castigo”, nas versões Corrigida e Atualizada e, também na Bíblia de Jerusalém.

O dicionário da língua portuguesa diz: sofrimento, privação, desdita, pena, dor, aflição, angústia corporal, tortura, tratos, sofrimento de espírito, inquietação.

EXAMINANDO O TEXTO:
O apóstolo João está querendo dizer que o amor que Deus tem por nós é maior do que qualquer investida do nosso inimigo contra as nossas vidas. Se estivermos firmados no amor de Deus, não há lugar para o medo e o tormento. Quando é revelado em nossa alma que o amor que Deus tem por nós não muda, não se altera, não se acaba, não tem sombra de variação, o nosso posicionamento diante de lutas e provas é de permanecer firmes e inabaláveis, apesar das circunstâncias. Deus luta e intercede a nosso favor.

O medo advém quando nos mostramos egocêntricos. O tormento se apossa de um homem quando ele fica por demais preocupado acerca de sua vida, ansioso pelo dia de hoje e pelo dia de amanhã, esquecendo-se inteiramente da sua dimensão eterna, de sua alma.

O temor pode dominar um homem que não se esquece de sua alma, mas que não cultiva a presença e o poder do Espírito Santo, esquecendo-se de procurar ser a imagem espiritual de Jesus Cristo, como discípulo Seu.

É o amor que opera o bem em nosso favor; foi o amor que moveu Deus quando Ele deu o Seu Filho Unigênito, em nosso favor (João 3:16). Não podemos nos esquecer que nós amamos porque Ele nos amou primeiro, dando Jesus.

Não há dois comportamentos: ou amamos a Deus e amamos nossos irmãos ou odiamos a Deus e odiamos a nossos irmãos. Misturar os dois não dá.

Acima de tudo devemos nos lembrar que amar à Deus e aos nossos irmãos faz parte do primeiro e do segundo mandamentos que Jesus nos deixou (Mateus 22:37 a 40).

Aps. Bertoni e Alice – 17.09.2000

domingo, 3 de setembro de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 17/23

NO AMOR SE MANIFESTA O ESPÍRITO SANTO

TEXTO BÁSICO: 1João 4:13 a 17

INTRODUÇÃO: João ensina que o Deus invisível Se revela no amor recíproco dos discípulos, uma vez que esse amor é fruto do Espírito neles.

EXAMINANDO OS TERMOS:
APERFEIÇOAR: (1João 4:17)
“Teleioo” no grego, significa “completar, levar ao fim, aperfeiçoar”. É o amor de Deus que é levado à sua plenitude em um discípulo.

O verbo e o substantivo (aperfeiçoar, perfeiçoar, perfeição), em português têm seguintes sinônimos: fazer perfeito ou mais perfeito; melhorar, tornar-se o melhor, mais apto, mais instruído, máximo grau de excelência ou de bondade que uma coisa pode chegar, pureza, exatidão, correção, beleza, primor, requinte, formosura, encanto.

PERMANECER: (1João 4:16)
“Meno” o vocábulo grego, é traduzido por “permanecer”. Traduz nada menos do que 16 termos hebraicos, a maioria dos quais com alguma referência local, como “permanecer vivo” ou “ficar” em algum lugar ou época.

É usado cerca de 120 vezes no Novo Testamento, quase sempre com os significados acima. Torna-se uma palavra importante, quando usada espiritualmente. João 15:4 fala do exemplo do ramo que permanece na videira, aludindo à união mística (espiritual) entre os crentes e Cristo, de onde deriva a sua vida espiritual.

João, nessa carta fala de permanecer no amor de Cristo para poder permanecer em Deus e ter o Seu Santo Espírito se manifestando em nós.

EXAMINANDO O TEXTO:
Em quatro lugares desta epístola o amor é associado à perfeição, a saber:
Em 1João 2:5, onde se vê que aquele que guarda a palavra (mandamentos) de Deus tem em si aperfeiçoado o amor.

Se nos amarmos uns aos outros, então Deus permanecerá em nós; e, por causa disso, seu amor será aperfeiçoado em nós (1João 4:12).

Deus habita em nós, e nós Nele, através dessa comunhão mística; e assim o amor é aperfeiçoado em nós, porquanto Deus é amor, e, se gozamos de comunhão com Ele, Seu amor será naturalmente insuflado em nós, de tal modo que Ele virá fixar residência em nós (1João 4:16 e 17);

Esse “amor perfeito” exclui o temor, até mesmo o terror do julgamento, quando houvermos de ser minuciosamente examinados, recebendo de volta aquilo que tivermos praticado de bem ou de mal (1João 4:18 e também 2Coríntios 5:10).

Permanecer no amor de Cristo nos dá algumas garantias:

Conhecemos (temos certeza, não duvidamos), que permanecemos em Cristo.
Temos a certeza, pois o Espírito testifica no nosso espírito que somos filhos de Deus e que Jesus nos deu de Seu Espírito.
Vemos espiritualmente e somos testemunhas pela Sua obra em nossa vida, que Deus Pai enviou o Filho como nosso Salvador.

A confissão do nome do Filho de Deus nos dá garantia de que Deus permanece em nós e nós Nele.

O amor manifestado nos dá confiança que do juízo final já estamos livres.

Aps. Bertoni e Alice – 3.9.2000

domingo, 27 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 16/23

DEUS É AMOR

TEXTO BÁSICO: 1João 4:7 a 12

INTRODUÇÃO:

João ensina a respeito do amor de Deus até o versículo de número 21. Hoje nós começaremos a verificar a essência do Deus que é amor.

EXAMINANDO OS TERMOS:
UNIGÊNITO: (1João 4:9)
monogenhv “monogenes”, no grego, significa “o único gerado”, ou simplesmente “o único”, pois na literatura grega o termo é usado como sinônimo de “ímpar”, sem qualquer ênfase sobre a idéia de geração.

A ênfase, pois, recai sobre a “natureza ímpar” de Cristo. Ele é o único Salvador e Mediador. Seus ofícios não podem ser compartilhados por atividades angelicais, porquanto Ele será sempre infinitamente superior a eles.

Os gnósticos faziam do Cristo apenas um dentre muitos aeons “aeons” ou pequenos deuses, que seriam outros tantos salvadores e mediadores. Para a maioria deles Jesus nem mesmo seria o mais elevado dos “aeons e muito menos o logos ‘logos’”.

propiciação: (1 João 4:10)
Hiláskomai “hiláskomai” o verbo, e hilasmós “hilasmós” o substantivo no grego, significam “propiciar (propiciação), reconciliar (reconciliação), expiar (expiação)”. O substantivo também era usado para indicar uma oferenda que procurava expiação, conciliação.
Era no propiciatório que Deus mostrava-se gracioso e exibia a sua misericórdia.
O propiciatório era parte integrante do tabernáculo e do templo de Jerusalém.
Jesus Cristo foi a propiciação em nosso lugar.

EXAMINANDO O TEXTO:
A Bíblia sempre fala a respeito do amor que deve existir entre irmãos e dá algumas indicações de como o amor pode acontecer:

O amor procede de Deus;
Aquele que ama (com este verdadeiro amor) é nascido de Deus;
Aquele que ama (com este verdadeiro amor) conhece a Deus;
Aquele que não ama, não conhece a Deus.

Deus é amor: Esta é uma das mais lindas e importantes definições de Deus que a Palavra nos mostra.

Este amor se manifesta:
Em Deus ter enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para podermos viver através da obra que Ele fez;
Em que Deus nos amou, mesmo antes de nós O conhecermos e O amarmos;
O Filho enviado veio com o propósito de fazer propiciação em nosso favor, e assim, nós fomos reconciliados.

Por causa desta maneira que Deus manifestou o Seu amor por nós, João volta a afirmar: Devemos nos também nos amar uns aos outros.

Aps. Bertoni e Alice – 27.08.2000

domingo, 20 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 15/23

ALMAS E ESPÍRITOS DESINCORPORADOS

TEXTO BÁSICO: 1João 4:1 a 6.

INTRODUÇÃO:

Estamos retornando a um assunto que foi abordado na lição anterior, por causa da polêmica e do interesse despertados.

EXAMINANDO O ASSUNTO:
ESPÍRITOS DESINCORPORADOS:
Espírito de Jesus Cristo desincorporado: O texto de 1Pedro 3:18 e 19 diz: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão...”.

Salvos desincorporados: o texto de 2Coríntios 5:1 a 5, nos mostra claramente que seremos desligados deste tabernáculo (corpo) em que vivemos, porque aspiramos um dia receber nosso corpo glorificado. Isto está se referindo àqueles que morrerem em Cristo e não aos que forem arrebatados.

Experiências bíblicas de servos levados em espírito a outros lugares: Temos alguns exemplos bíblicos: Paulo (2Corintios 12:1 a 4); João (Apocalipse 1:9 e 10); Eliseu (2Reis 5:25 e 26). Sempre vemos que nesses casos não há interferência do desejo (alma) do homem, mas sim Deus opera e leva o espírito da pessoa para algum lugar que lhe apraz, com propósito especifico.

Experiências atuais de servos levados em espírito a outros lugares: Há muitas experiências atuais de pessoas que têm sido levadas, em espírito, por Deus, para lugares e para dimensões espirituais que as fazem agir conforme uma determinação muito precisa da vontade de Deus, para um propósito que Deus tem em mente, por exemplo: intercessão pelos seus escolhidos.

ALMAS DESINCORPORADAS:

Diferentemente das experiências de espíritos que saíram do corpo, para cumprir um propósito que Deus tinha em mente, a alma, por ser comandada pelos pensamentos, desejos, sentimentos, vontade do homem, quando sai do corpo é porque o ser humano assim o determinou.
2.1.2. Podemos, também dizer que, aqueles que têm demônios agindo em suas vidas, acabam permitindo que os espíritos demoníacos tenham acesso às suas almas e as manipulem, fazendo com que saiam do corpo. A estes fenômenos demoníacos chamamos de: projeção da alma, projeção da psique, viagem astral, entrar em estado alta, etc.
2.1.3. Projeção da alma: chamada de projeção da psique (psique = alma no grego). A morte física é apenas uma projeção permanente da psique, diz um autor. Ele (cristão?), defende a tese de que podemos fazer projeções da nossa alma. Esta mesma experiência é chamada por alguns de "projeção astral". Diz esse autor que esta projeção pode ser feita por vontade do homem e também por manipulação demoníaca. Cremos que Deus não nos deu a alma para ser a comandante do nosso corpo. Na verdade Deus nos fez "espírito", soprando em nossas narinas o fôlego de vida, e então passamos a ser uma alma vivente. Verifique que primeiro entrou porção do Espírito de Deus no nosso corpo de terra, para depois passarmos a ser alma vivente. Portanto, somos essencialmente espírito, a ponto de no pecado de Adão termos morrido espiritualmente. Podemos verificar isto claramente no texto de Efésios 2:1 a 10.

Fazemos uma ressalva que no meio evangélico é pouco usada a expressão “desincorporado”, para que não seja feita qualquer confusão com a doutrina demoníaca da reencarnação, totalmente descartada pela Palavra de Deus: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado. aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:21 e 28).

Aps. Bertoni e Alice – 20.8.2000

domingo, 13 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 14/23

OS FALSOS PROFETAS E OS VERDADEIRAS DISCÍPULOS

TEXTO BÁSICO: 1João 4:1 a 6.

INTRODUÇÃO:

João começa um novo assunto a respeito da tentativa dos falsos profetas de interferir no verdadeiro mover de Deus em sua Igreja.

EXAMINANDO O TERMO:
ESPÍRITO: (1João 4:1, 2, 3 e 6)
“Ruach” no hebraico, é um substantivo derivado de um verbo que quer dizer “respirar” ou “soprar” e aparece por quase 400 vezes no Velho Testamento. “Pneuma” no grego (ligado ao verbo “pnéo”, é usado como “soprar” (por exemplo: 2 Tessalonicenses 2:8) ou “vento” (por exemplo: João 3:8) e aparece por 370 vezes no Novo Testamento. É usado na sua esmagadora maioria como “espírito”.

O espírito é reconhecido como um ser inteligente, dotado de sentimentos, porém destituído de corpo. Todo espírito é vivo, mas não está, necessariamente envolvido com alguma forma material, como é o caso, por exemplo dos anjos e demônios, que nunca tiveram corpos físicos, mas nem por isso são destituídos de todas as qualidades próprias da personalidade.

Podemos entender que há algumas formas de espíritos:
Deus como Espírito: Foi o próprio Senhor Jesus Cristo que definiu Deus como um Espírito (João 4:24).

Outros seres espirituais: Seres vivos que são espíritos, os quais são moralmente responsáveis, diante dele, embora destituídos de corpo físico (anjos e demônios).

O homem como um ser espiritual: É um espírito dotado de um corpo físico.

Espíritos humanos desincorporados: Poucas passagens bíblicas aludem ao espírito humano separado do corpo, geralmente por ocasião da morte. Hoje sabemos que por força demoníaca a alma humana também sai do corpo humano em viagens astral, estado alfa, etc. (vide: Hebreus 12:23; 1Pedro 3:19; 2Coríntios 5:1 a 5).

EXAMINANDO O TEXTO:

O discípulo deve estar pronto para provar a qualquer espírito, para ver se procedem de Deus.
Muitos profetas falsos têm entrado no meio dos discípulos e feito confusão, com palavras proféticas que não procedem da boca de Deus.

Os testes para provar os espíritos podem ser divididos assim:
Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
Todo espírito que nega que Jesus Cristo veio em carne é do diabo;
Toda palavra profética que exorta e/ou edifica e/ou consola, procede da boca de Deus;
Toda palavra profética que acusa, destrói ou entristece, procede da boca do diabo ou da carne (alma) daquele que a proferiu.

Temos que estar atentos para discernir o espírito do anticristo, que presentemente, desde o tempo de João, já estava no mundo.

Temos condições espirituais de ter estes discernimentos “... porque maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo” (1João 4:4).

Os falsos profetas, tomados pelo espírito do anticristo, procedem do mundo e somente podem falar daquilo que estão contaminados pelo mundo.

O mundo aceita o que eles falam, porque são da mesma espécie, do mesmo DNA espiritual (do maligno).

O espírito da verdade é distinguido do espírito do erro quando alguém que conhece a Deus nos ouve, porque falamos da verdade e quando não nos ouve, porque não tendo parte conosco (DNA de Deus), ouve o mundo (o espírito do erro).

Aps. Bertoni e Alice – 13.8.2000

domingo, 6 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 13/23

O CORAÇÃO É O CENTRO DE SABERMOS SE ESTAMOS JUSTOS DIANTE DE DEUS

TEXTO BÁSICO: 1João 3:19 a 24

INTRODUÇÃO:

João continua o assunto de estarmos amando nossos irmãos e odiando o mundo, colocando a certeza de que Deus é maior do que tudo, inclusive do nosso coração, e , portanto, as acusações de satanás não podem encontrar guarida quando estamos firmes, obedecendo aos seus mandamentos.

EXAMINANDO OS TERMOS:
VERDADE: (1João 3:18 e 19)
“Emeth” no hebraico, é traduzido por verdade e constância e aparece por 92 vezes no Velho Testamento. “Alétheia” no grego, é traduzida por verdade e aparece por 110 vezes no Novo Testamento.

No Velho Testamento a palavra “emeth” e suas derivantes, indicam idéias de firmeza, estabilidade, fidelidade e alguma base fidedigna de apoio. É uma qualidade atribuída tanto a Deus quanto às criaturas. Não é somente uma afirmação verbal, mas também implica em conduta e cumprimento das promessas. Na Bíblia está sempre associada à gentileza, à justiça e à sinceridade.

No Novo Testamento, o termo “alétheia”, etimologicamente, sugere que alguma coisa foi aberta, descoberta, revelada, segundo a sua verdadeira natureza, dando a idéia daquilo que é real e genuíno, contrapondo-se ao que é imaginário ou falso.

ACUSAR: (1João 3:20 e 21)
Significa falar contra alguém. O substantivo é “acusador”, que na Palavra de Deus está falando diretamente de satanás (o acusador). Este acusa os filhos de Deus continuamente, de dia e de noite (vide Jó 1:1 a 12).

O dicionário da língua portuguesa define também: imputar (a alguém) um erro, uma culpa ou crime; criminar, increpar, culpar, mostrar, denunciar, fazer sobressair.

EXAMINANDO O TEXTO:
João continua no versículo 19 a falar do objeto que estava falando nos versículos anteriores. Tanto que começa com: “E nisto ...”. Nisto o que? Na prática do amor é que demonstramos que somos da verdade. Não está falando de uma verdade qualquer, mas DA verdade que é parte do caráter de Deus e que deve fazer parte de nós. Está falando da verdade da prática dos ensinos da Palavra de Deus e não somente da boca para fora, conforme já havia dito no versículo 18.

Se amarmos de fato, com atitudes, sabemos que somos da verdade.
Diante de Deus temos tranqüilidade e o nosso coração não nos acusa.

Perceba que Deus não nos acusa, mas sim a verdade dele que está embutida dentro de nós é quem nos acusa. Se não temos este tipo de condenação, temos grande paz, porque Deus é maior do que tudo.

Você pode pedir a Deus o que você quer e terá a confiança de que você receberá, porque, cumprindo os mandamentos de Deus, não há nenhuma acusação contra você e, portanto, há a confiança que Ele lhe dará.

Qual é o mandamento que devemos cumprir? O mesmo que Jesus deixou explícito em João 13:34: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” e que, agora, repete no versículo 23: “Ora, o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou”.

A Palavra de Deus é repetitiva e constante, no que diz respeito à obediência aos mandamentos de Deus. Você quer permanecer em Deus e quer que Deus esteja sempre presente na sua vida? “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele”.

Aps. Bertoni e Alice – 06.8.2000

domingo, 30 de julho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 12/23

O AMOR AOS IRMÃOS E O ÓDIO AO MUNDO

TEXTO BÁSICO: 1João 3:11 a 18

INTRODUÇÃO:

O Apóstolo João mostra claramente que para demonstrarmos que somos filhos de Deus, o DNA espiritual (que nos dá certeza desta paternidade) faz com que amemos os nossos irmãos de fato e de verdade. Trás à tona o mesmo tema de Tiago: “... mostra-me essa tua fé sem obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago 2:18b).

EXAMINANDO OS TERMOS:
AMOR: (1João 3:11, 14, 16, 17 e 18)
Nestes cinco versículos que João usa a palavra “amor”, a tradução vem do verbo grego agapaó “agapaó”.

Temos no grego pelo menos quatro palavras que são traduzidas no português por “amor”: Eros “eros” = amor físico, sexual, que deu em português palavras como “erotismo”; Fileo “fileo” = amor de irmãos, amor de amizade, de companheirismo, que deu em português palavras como “filantropia”; Estorge “estorge” = amor familiar entre pais e filhos e irmãos; e, Agape “ágape” = amor sacrificial, o amor de Deus ou o modo de vida que se baseia no amor de Deus.

Paulo, em Efésios 5:25 a 30 nos fala do tipo do amor com que o marido deve amar sua esposa, e Paulo usa o verbo “agapaó”, mostrando que como Cristo se sacrificou pela Igreja, amando-a, entregando-se por ela, santificando-a pela lavagem de água (que é a Palavra de Deus), para apresentá-la muito bonita para Deus, é assim que o marido deve amar sua esposa.

É assim que devemos nos amar, com o amor sacrificial de Jesus Cristo.

ÓDIO: (1João 3:13 e 15)
No grego o termo é miseo “miseo” que aparece por 39 vezes, e significa aversão, hostilidade, desdém, malignidade, malquerença, etc.

Para os cristãos o ódio pode ser um sentimento legítimo, quando este ódio é voltado para a idolatria, o pecado, a adoração insincera e distorcida e etc.

Usualmente, porém, o ódio é uma forma maligna de má vontade algumas vezes vinculada ao temor de que o objeto odiado seja capaz de prejudicar a quem odeia. A ira, quase sempre, é um elemento que faz parte do ódio.

EXAMINANDO O TEXTO:
Não podemos nos esquecer, nunca, que a Palavra de Deus tem como base a prática do amor, desde o início.

Amor a Deus, primeiramente e supremamente e amar ao próximo, como a nós mesmos. Temos que amar em três direções: Deus, humanidade e amor próprio.

As obras de Caim eram más, pois tinha desejos injustos dentro do seu coração, e permitiu que o maligno (satanás) tomasse o seu coração, a ponto de assassinar o seu irmão (leia Gênesis 4:4 a 7).

Espiritualmente é isto o que acontece hoje quando não amamos verdadeiramente os nossos irmãos: assassinamos.

A lei de Moisés dizia que poderíamos odiar aos nossos inimigos. Jesus implanta a lei do Amor, conforme vemos em Mateus 5:43 a 48 (leia).

O mundo nos odeia, porque pertencemos a Deus. Aliás, Jesus já dizia isto, conforme podemos ler em João 15:17 a 19. O ódio ao irmão nos torna assassinos. O que não ama a seu irmão permanece na morte espiritual.

Quando amamos os nossos irmãos temos certeza de vida eterna, pois passamos da morte para a vida.

O amor de Jesus produz em nós o amor aos nossos irmãos. Como Jesus deu a sua vida por nós (quando isto é verdadeiro em nós), nós procuraremos fazer tudo o que melhor atender a necessidade de amor dos meus irmãos.

O amor é muito prático: para que as pessoas sintam o amor de Deus nós vamos atendê-los em suas necessidades materiais, amando de fato, não de palavras, não da boca para fora.

Aps. Bertoni e Alice – 30.7.2000

domingo, 23 de julho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 11/23

OS FILHOS DE DEUS E OS FILHOS DO MALIGNO

TEXTO BÁSICO: 1João 3:7 a 10

INTRODUÇÃO:

O DNA espiritual é realmente o elemento distintivo daquele que é filho de Deus e daquele que é filho do diabo. Os DNA’s são totalmente diferentes, dependendo de quem é o pai: Deus ou o diabo.

EXAMINANDO OS TERMOS:
PROCEDE: (1João 3:8)
Proceder significa: ter seguimento, prosseguir, ir por diante, ter conseqüências, comportar-se, descender, ter origem.

Portanto, deixa bem clara a idéia de quem procede de alguém, deve ter as mesmas características daquele de quem se procede, pois está claramente expressa a idéia de que vai dar-se seguimento a algo que já aconteceu anteriormente, de algo que inclui o fato de se ter conseqüências.

NASCIDO (DE NOVO): (1João 3:9) [ver também João 3:3]
Do ponto de vista judaico, a água simboliza as operações do Espírito Santo. Assim, sendo, o novo nascimento ocorre mediante a operação do Espírito.

Não significa o batismo cristão, no sentido de regeneração batismal. A água é simples símbolo, no batismo, de algo que já ocorreu no mundo do Espírito: o novo nascimento. Nicodemos não poderia ter entendido Jesus a respeito de algo que somente foi instituído bem posteriormente à essa palavra de Jesus. Não pode também significar o batismo pregado e praticado por João Batista. Não significa também as cerimônias de purificação das cerimônias judaicas (nascer da água e do Espírito).

De fato o novo nascimento é a obra de gerar novamente um espírito que estava amortecido, para as coisas de Deus, pelo pecado de Adão.

EXAMINANDO O TEXTO:
A idéia de João é que ninguém fique tolamente se deixando enganar por frutos que não procedem da Videira Verdadeira (Jesus Cristo).

O fruto de alguém que é justo, será manifestado por justiça. Se procedermos de Deus (que é Justo) nós nos tornamos seus filhos e, assim, nós seremos justos e praticaremos a justiça, à semelhança de Deus. Afinal, somos seus filhos.

Agora, por outro lado, aquele que pratica o pecado, procede do diabo. O diabo vive pecando, e isto, diz a Palavra, desde o início da criação de Deus (antes de Adão). O diabo sempre, desde a sua queda, esmerou-se em fazer obras que lhes são próprias.

Jesus, o Justo, veio para destruir as obras do diabo. Não veio compactuar com essa obra, mas, pelo contrário, veio para mostrar exatamente que é o diabo que quer que os homens se percam, fazendo as suas obras.

As características daquele que não é nascido de novo é que essa pessoa vive pecando, e acalma a sua alma, dizendo que o que faz não é pecado.

Deus nos quer na posição não de pecadores procurando ser santos, mas sim de santos que procuram não pecar.

Não nascido de novo: pratica constantemente o pecado; não pratica a justiça; não ama a seu irmão.
Nascido de novo: pratica a justiça; não vive na prática do pecado; ama a seu irmão.
No que é nascido do diabo (não passou pelo novo nascimento em Jesus Cristo), permanece nele a maligna semente (DNA espiritual do diabo).

No que é nascido de Deus, permanece a divina semente (DNA espiritual de Deus). Somos filhos de Deus e precisamos manifestar nas nossas vidas frutos de verdadeiro arrependimento e de verdadeira conversão (mudança radical de rumo).

"Na verdade, seremos reconhecidos uns dos outros, de que pertencemos à mesma família, por causa do amor que nos une" (João 13:35).

Aps. Bertoni e Alice – 23.7.2000

domingo, 16 de julho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 10/23

DEUS PAI É SANTO E SEUS FILHOS TAMBÉM SÃO SANTOS

TEXTO BÁSICO: 1João 3:1 a 6.

INTRODUÇÃO:

A herança genética faz com que os filhos tenham as mesmas características dos pais, isto no mundo físico. No mundo espiritual, quando alguém nasce de novo, e portanto, através do Filho de Deus, se torna filho de Deus, o DNA espiritual é totalmente transferido e, portanto, como Ele é Santo nós somos também.

EXAMINANDO OS TERMOS:
PURIFICA: (1João 3:3)
Purificação vem do latim “purus” (limpo, claro, casto, sem defeito, puro) e “facere” (fazer), dando a entender qualquer agência ou condição que purifica a alguém, em sentido ético, espiritual, ritual ou cerimonial.

O sentido ritualista do Velho Testamento ficou totalmente de fora para a Igreja do Senhor Jesus Cristo.

“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9:27 e 28).

Não é mais por rituais, mas por vida moral transformada, que somos purificados. Lamentavelmente, a Igreja cristã, em alguns dos seus segmentos, retém elementos ritualistas de purificação em suas várias formas de legalismo.

ESPERANÇA: (1João 3:3)
No dicionário português vemos que esperança é espera de um bem, cuja posse se reputa como provável. Esperança é uma das virtudes teologais, pela qual o cristão espera de Deus, com firme confiança, a graça durante a vida e o céu depois da morte.

Esperança é uma causa secundária da salvação, porquanto exibe vividamente a salvação aos olhos do crente, fazendo-o esforçar-se por obtê-la.

Fomos salvos, verdadeiramente, em forma potencial e imperfeita, mas a nossa plena salvação ainda é motivo de esperança, pelo que também não é um acontecimento passado, mas ainda jaz no futuro.

EXAMINANDO O TEXTO:
João, o apóstolo do amor, mais uma vez ressalta o grande amor de Deus em nosso favor (João 3:16), e por esse amor fomos chamados “filhos de Deus”.

E ele afirma que de fato somos filhos de Deus. Isto nos faz sermos desconhecidos pelo mundo (o mundo não quer nos reconhecer porque não tem a mesma paternidade – DEUS PAI).

João começa então a explicar que ainda a manifestação perfeita do que somos, ou haveremos de ser, não aconteceu. Pois quando isto acontecer a nossa semelhança (aparência de igualdade) a Ele fará com que nós o enxerguemos da maneira que Ele verdadeiramente é. A adoção já aconteceu mas o Pai ainda não nos levou para morar com Ele.

Por causa dessa esperança que temos, por causa do DNA espiritual que nos foi dado, temos nos purificado e temos que nos purificar de toda a imundícia. Ele é tão PURO que nós somente poderemos morar na Sua casa totalmente purificados.

A comprovação de que fomos feitos filhos (recebemos do DNA espiritual) é de que conhecemos a lei do pecado e nos afastamos de pecar. Sabemos que NOSSO PAI não peca, nem n’Ele existe pecado e assim queremos ser puros como Ele é puro.

Se alguém vive (passa a vida) pecando tem que ser contestada a paternidade, tem que ser examinado se o DNA espiritual está nessa pessoa.

Aps. Bertoni e Alice – 16.7.2000

domingo, 9 de julho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 9/23

A UNÇÃO DO ESPIRITO SANTO

TEXTO BÁSICO: 1João 2:27 a 29

INTRODUÇÃO:

A Unção do Espírito Santo é tudo quanto hoje a Igreja precisa, pois ela nos revela todo o “rema” da palavra, nos ensinando tudo o que precisamos.

EXAMINANDO OS TERMOS:
ENSINO: (1João 2:27)
Didaquê “didaquê” no grego deu em português a palavra “didática”, que é a arte de ensinar, ou o domínio corrente da atividade educativa, de instrução.

Não se cogita aqui, porque vai contra todo o ensino do Novo Testamento, que não precisemos de mestres, dentro do Cristianismo. O que João estava dizendo é que não precisamos de nenhum mestre do gnosticismo, que somente poderia trazer contaminação para a vida cristã. Aí sim, a confiança que temos é que não seremos enganados, por causa do Espírito Santo que nos ensina todas as coisas. Se vier um mestre nos ensinar algo errado teremos um sinal de alerta do Espírito Santo.

CONFIANÇA: (1João 2:28)
parrhsia “parrhesia”, no grego, que é “ousadia”, aparecendo desta forma 31 vezes no Novo Testamento.

Os filhos de Deus confiam no Irmão mais velho e no Pai. Sabem que foram e continuarão a ser aceitos no Amado (Jesus).

Temos que ter confiança que o Filho foi providenciar tudo para depois vir nos buscar na sua segunda vinda (parousia “parousia”, no grego).

JUSTO / JUSTIÇA: (1João 2:29)
dikaiosunh “dikaiosune”, no grego, que é “probidade de caráter, retidão”, tornando-se um sinônimo virtual de cristianismo. Espera-se que um cristão seja justo.

No português a palavra deriva do latim “jus” e quer dizer direito, lei. A justiça consiste na preocupação exata e escrupulosa pelos direitos alheios e pelo relacionamento do indivíduo com o Juiz Supremo, Deus. A justiça requer atos de retidão e não meras palavras ou aceitação de certos ideais. O homem justo age corretamente, de forma altruísta. De acordo com o ensino da Palavra de Deus, ninguém pode ser justo por si mesmo, mas recebe através de um dos atributos comunicáveis de Deus, vindo através de Cristo sobre nós.

EXAMINANDO O TEXTO:
Fomos, ou devemos ser, todos, batizados pelo Espírito Santo ou no Espírito Santo e assim estará sobre nós uma unção que nos dará esclarecimentos que serão inconfundíveis, quando vier alguém nos ensinar coisas erradas.

Isto está conforme o Evangelho de João 14:26 e 16:13, quando Jesus nos fala de que Ele enviará o Espírito Santo que nos ensinará todas as coisas e nos fará lembrar das coisas que Ele ensinou.

Há uma condição para não sermos enganados pelo mundo e por satanás: Permanecer Nele.

O fato de permanecermos Nele nos dará a condição de não sermos enganados e ao mesmo tempo estarmos nos preparando, a cada dia em santificação para a sua segunda vinda, quando então seremos transformados e levados para habitar com Jesus nos céus.

Tudo isto será visível na nossa vida, ou seja, que permanecemos Nele, pois a justiça Dele aplicada em nós, nos tornará justos para o nosso relacionamento com Deus e com o mundo.

Não será mais o sistema que satanás está empregando no mundo, mas sim o sistema de vida e de verdade que permanece oculto para aqueles que estão no mundo.

É fundamental, contudo, saber que, mesmo sem o reconhecimento, por enquanto, por parte do mundo, temos certeza de que somos “filhos de Deus”.

Aps. Bertoni e Alice – 09.7.2000

domingo, 2 de julho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 8/23

OS ANTICRISTOS

TEXTO BÁSICO: 1João 2:18 a 26

INTRODUÇÃO:
EXAMINANDO OS TERMOS:
ANTICRISTOS: (1João 2:18 e 22)

Anticristos “Anticristos” é transliteração do grego para o português, e significa: em lugar de Cristo, ou contra Cristo. É muito provável que essas duas idéias estejam incluídas no termo. Este termo somente aparece nas duas primeiras Cartas de João.

O ponto de vista do autor sagrado, refletido neste versículo, parece ser que haverá um único anticristo, embora anunciado, de antemão, por diversos anticristos, que serão seus antecessores espirituais. É certo que o autor sagrado contempla o período dos anticristos, e subseqüente anticristo, que se manifestará no final dos tempos.

UNÇÃO: (1João 2:20)
Chrisma “chrisma”, no grego, e neste caso usado por João como o dom do Espírito Santo. Este termo aqui usado pode ser uma referência direta à própria unção com óleo, mas o significado espiritual tencionado é: batismo do Espírito Santo.

O termo Cristo é da mesma raiz da palavra e significa que Ele era o grande ungido de Deus.

EXAMINANDO O TEXTO:
João está dizendo de uma realidade que a Igreja da época já experimentava, a saber: que pessoas que vêm para a Igreja:

Alguns se parecem com verdadeiros novos nascidos, mas que na verdade são enganadores. Dissimulavam mediante um proceder religioso (jeito de crente);

Outros são verdadeiramente novos nascidos, mas depois abandonam a fé em Jesus Cristo, e neles acontece o que fala Hebreus 6:4 a 6: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados e provaram o Dom celestial e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-O à ignomínia”.

O cristão permanecerá como salvo somente a medida em que permanecer no ensino bíblico original de Jesus e dos apóstolos.

Como reconhecer os que se manifestam como anticristos?
A característica mais forte é a negação de que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Ungido de Deus, o Messias Prometido. Outra característica é que ao negar o Filho de Deus está negando também o Pai e isto logo é revelado pelas suas práticas contra Deus.

O anticristo nega o significado e a importância da encarnação de Cristo. O anticristo tem a capacidade de seduzir e enganar.

Os verdadeiros e fiéis cristãos têm recebido a unção para reconhecerem essas situações. Como Cristo, que foi ungido e recebeu do Espírito Santo os dons proféticos, sacerdotais e reais, os verdadeiros cristãos também têm responsabilidades proféticas, sacerdotais e reais, depois de serem ungidos com o Espírito Santo.

Os verdadeiros cristãos conhecem a verdade e a mentira se lhes é revelada pelo Espírito Santo de Deus. O Espírito Santo é o nosso melhor mestre; ele permanecerá conosco para sempre e nos protegerá das mentiras que poderiam nos afastar de Cristo.

O Espírito Santo permanece onde quer que a mensagem do evangelho é recebida, e, ali onde o Espírito permanecer, o Filho e o Pai também estão presentes (1 João 2:24).

João, como todos os servos, sempre achou que logo Jesus voltaria. Mas Jesus somente voltará para uma única geração (nós agora achamos que é a nossa).

Aps. Bertoni e Alice – 02.7.2000

domingo, 25 de junho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 7/23

NÃO SE DEVE AMAR O MUNDO

TEXTO BÁSICO: 1João 2:15 a 17

INTRODUÇÃO:

João está usando o mesmo o que Paulo disse em Colossenses 3:1 a 3, que diz: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”. Todos seguimos aquilo que amamos; desejamos aquilo que nos agrada; uma pessoa pode cultivar os desejos mundanos até que sua alma seja cativada pelo mundo.

EXAMINANDO OS TERMOS:
MUNDO: (1João 2:15)

Kósmos “Kósmos” é o termo grego. Não está aqui em foco o mundo físico e seus muitíssimos objetos. Nem se cogita não podermos apreciar a natureza criada por Deus. Não fala também da ordem geral da criação, o mundo dos universos. Não se fala também da humanidade, que algumas vezes é chamada de “mundo”. Fala-se aqui de um mundo ético e metafísico, que se corrompeu com os vícios, blasfêmias e a atitude em que se esquece de Deus.

Aponta, também, para o sistema do mundo, incluindo o cósmico (e não meramente o terreno), que é a revolta contra Deus. Este sistema cósmico está sob o poder do maligno. Quando alguém ama aos vícios deste mundo, torna-se escravo deste sistema mundano.

CONCUPISCÊNCIA: (1 João 2:16)
Epithumía “epithumía” é um dos termos gregos usado e significa: desejo forte, concupiscência. hedoné “hedoné” que significa: prazer, doçura. Óreksis “óreksis” que significa: desejo ansioso. Páthos “páthos” que significa: sofrimento, afeto. Em 1João foi usada a primeira palavra que citamos.

A definição do dicionário português é: apetite carnal desordenado.

SOBERBA: (1João 2:16)
A definição do dicionário português é: arrogância, orgulho desmedido, altivez, presunção, ufania, amor próprio excessivo.

EXAMINANDO O TEXTO:
Os cristãos devem amar os homens do mundo como Deus amou (João 3:16).

Nós não devemos amar o que o Espírito revela sobre o que está mal no mundo, como, por exemplo:

Os apetites malignos da carne (concupiscência da carne), manifestado em todos os desejos sexuais. A nossa consagração ao Senhor inclui, necessariamente, o corpo, pois é o nosso veículo de expressão neste nível. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).

O materialismo avarento e transitório (concupiscência dos olhos). Incluem-se, também, à semelhança da anterior, os desejos carnais ilícitos e ilegítimos. Os olhos podem ser instrumentos de tentação. O olho observa o que lhe é agradável, levando a mente a cobiçar.

O orgulho da vida sem Deus (soberba da vida). É fazer o seu “eu” se tornar seu próprio deus. Gastar-se tudo quanto se possui (dinheiro e energias) para o próprio “eu”. Buscar apenas a glorificação própria, normalmente se manifestando como pessoas fanfarrãs, paroleiras e bazofeiras.

Estas coisas não procedem de Deus. E portanto, procedem do diabo, que governa este sistema mundano.

Nunca poderemos nos esquecer que estas coisas e o mundo passam, mas fazer a vontade de

Deus é que nos faz permanecer eternamente.

Aps. Bertoni e Alice – 25.6.2000

domingo, 18 de junho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 6/23

A VITÓRIA SOBRE O MALIGNO

TEXTO BÁSICO: 1João 2:12 a 14

INTRODUÇÃO:

João usa duas vezes nestes três versículos o termo “filhinhos”, que denota uma grande manifestação de verdadeiro afeto em relação ou aos seus filhos na fé (igreja) ou a novos convertidos. Ele já havia iniciado o capítulo 2 com a mesma expressão. Aliás, o apóstolo do amor tinha muito destes termos (amados e filhinhos usados muitas vezes em toda a carta). Toda esta ternura para nos dizer que temos vitória contra o maligno. Não queria assustar, mas, em amor, ensinar.

EXAMINANDO OS TERMOS:
FILHINHOS: (2João 2:1, 12 e 14)

Filiação é um termo sinônimo de “salvação”, pois somos salvos como filhos. João usa o diminutivo para dar um tratamento de carinho, a algo tão importante, o mais importante fato que pode acontecer em nossas vidas.

No grego temos 2 vocábulos para tratar de filiação:

Uios “Uios” que pode significar “filho por adoção”. Fomos adotados na família de Deus, através de Jesus Cristo, nosso irmão mais velho. “Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8:15). Aba = é um termo aramaico, que denota intimidade no tratamento familiar, como, por exemplo, papai, papaizinho. Adoção, no primeiro século, era o meio pelo qual o pai adotivo escolhia um filho para perpetuar o seu nome e herdar a sua herança.

Teknos “Teknos” que tem o sentido de filho por geração natural. “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome: ...” (João 1:12).

De qualquer forma os dois termos eram usados freqüentemente como sinônimos.
PAIS: (1João 2:13a)

No hebraico, ba “ab”, palavra que ocorre por cerca de 680 vezes no Velho Testamento. No aramaico “aba”, conforme vimos acima.

No grego, “pater”, que ocorre por cerca de 360 vezes no Novo Testamento. Está relacionada à raiz da palavra que significa “nutridor” ou “protetor”. Porém, no uso comum, havia muitas aplicações do vocábulo, como ao pai de uma pessoa, ao chefe de um clã ou nação, até cabeça espiritual dos mesmos, ou a um líder espiritual, ou alguém que ajuda a outrem para conseguir significativo avanço espiritual, como o originador de alguma organização, filosofia ou religião; e também era usado como título de honra e respeito, incluindo os nomes Pai, Filho e Espírito Santo. No caso do texto, são os idôneos na fé.

JOVENS: (1João 2:13b). São os fortes na luta contra o diabo e o mal (vide Efésios 6:10 a 18).
EXAMINANDO O TEXTO:

Aos novos na fé, e mesmo aos que já estão há tempo servindo ao Senhor, o pai espiritual está dizendo: Filhinhos, perdoados são os vossos pecados. Portanto, a vitória sobre o maligno é garantia irrestrita do Pai Celeste. No versículo seguinte ele acrescenta: “... porque conheceis o Pai (Celeste)”.

Aos amadurecidos na fé a experiência com Deus já lhes dava a certeza da vitória contra o inimigo: satanás e seus demônios. Reafirma no texto seguinte: conheceis aquele que existe desde o princípio (o nosso Deus e Pai).

Aos jovens: continuamente tendes vencido o maligno. E acrescenta: sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós, no versículo 14. Reafirma, ainda: tendes vencido o maligno.

Aps. Bertoni e Alice – 18.6.2000

domingo, 11 de junho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 5/23

O ANTIGO E O NOVO TESTAMENTO

TEXTO BÁSICO: 1João 2:7 a 11

INTRODUÇÃO:

João traz a estudo a prática do amor fraternal. Não está falando de algo simplesmente teórico, mas de coisa muito prática para nosso viver, dia a dia. Trás exemplo de amor prático, que é o antigo e o novo mandamento: amor fraternal.
EXAMINANDO OS TERMOS:
MANDAMENTO: (1João 2:7)

Preceito, prescrição, regra. Cada um dos preceitos do decálogo. Cada um dos preceitos da Igreja (catolicismo).

Jesus declarou que eram dois os principais mandamentos: "Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mateus 22:36 a 40).

Para o homem o cumprimento dos mandamentos é peso. Somente em Jesus poderemos cumprir toda a lei, que Ele já cumpriu em nosso lugar: "Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus" (Mateus 5:19).

TREVAS: (1João 2:8)
Escuridão absoluta, noite, estupidez, ignorância.
É pelos olhos que vemos se há luz ou trevas. Portanto, nossos olhos devem estar preparados para viver fora da dimensão das trevas: "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!" (Mateus 6:22 e 23).

LUZ: (1João 2:8)
Claridade emitida por corpos que não a possuem, mas que a refletem de outros. Qualquer dos objetos empregados como iluminantes (vela, lampião, lâmpada, etc.).

Em Jesus toda a expressão de luz se manifestou: "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo" (João 1:4 a 9).

EXAMINANDO O TEXTO:
João falava à Igreja: "Amados" e, portanto, fala hoje para nós.

Ele não inovava nada e nem acrescentava nada àquilo que Jesus havia ensinado. Estava somente reafirmando todo o propósito de Jesus. Estava repetindo que desde o início lhes foi ensinado.

Ele estava, na verdade, relendo os ensinamentos de Jesus sob uma análise muito prática e profunda. De nada adiantava falar que amava, inclusive a Deus, se odiava a seu irmão. A luz, neste caso, não era real e não passava da mais profunda das trevas.

Para estar na luz, tem que amar a seu irmão.

Aps. Bertoni e Alice – 11.6.2000

domingo, 4 de junho de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 4/23

O ADVOGADO JUNTO AO PAI

TEXTO BÁSICO: 1João 2:1 a 6.

INTRODUÇÃO: Deus deixou tudo pronto para sempre nos podermos manter ligados a Ele, mesmo pecando ainda. Lembre-se: Não somos pecadores procurando ser santos, mas, sim, somos santos, procurando não pecar.

EXAMINANDO OS TERMOS:
ADVOGADO: (1João 2:1)
No grego paraklhtov “parakletos” (= chamado para o lado). Somente é encontrado nos escritos de João. Lembre-se que João experimentou estar ao lado de Jesus, quando recostou a cabeça no seu peito, foi assim chamado para o lado de Jesus (João 13:25; 21:20). Agora Cristo está ao lado do Pai, pois foi chamado para o lado de Deus e mandou o “Parakleto”, o Espírito Santo, o Espírito de Cristo, para estar conosco, habitando em nós. “Parakletos” é conjunção de duas palavras no grego: “para” = ao lado de e “kletos” = chamado.

Nos outros escritos de João (14:16 e 26; 15:26; 16:7), por se tratar da pessoa do Espírito Santo para estar ao nosso lado, a tradução sempre foi Consolador, pois alguém para nos consolar se coloca ao nosso lado.

Nesta carta, foi traduzido por Advogado pois é a posição de Cristo junto ao lado do Pai, intercedendo por nós. Nos termos jurídicos advogado significa: alguém que pleiteia a causa de outrem. O sentido no grego (parakletos) é também de alguém que exorta, defende ou ora em favor de outrem.

PROPICIAÇÃO: (1 João 2:2)
No hebraico rpk “kaphar”, que aparece por 27 vezes no Antigo Testamento. No grego existem 4 palavras: hislatérion “hislatérion”, que aparece em Romanos 3:25 e Hebreus 9:5; híleos “híleos” que aparece em Mateus 16:22 e Hebreus 8:12 (citando Jeremias 31:34); hiláskomai “hiláskomai” que aparece em Lucas 18:13 e Hebreus 2:17 (estas três traduzidas como propiciatório); e ilamov “hilasmos” = propiciação, que aparece em 1João 2:2 e 4:10.

O verbo pode ser entendido como propiciar, reconciliar, expiar, mitigar. O substantivo também era usado para indicar uma oferenda que procurava expiação, conciliação.

Era no propiciatório que Deus mostrava-se gracioso e exibia a sua misericórdia.

O termo no dicionário português, diz: ação ou efeito de tornar propício; intercessão, devoção para obter o perdão da culpa. Vaso sagrado em que se oferecem sacrifícios a Deus.

EXAMINANDO O TEXTO:
A instrução geral de João, nesta sua primeira carta é de que não pequemos. Se nós pecarmos temos Advogado junto ao Pai.

Jesus se fez o sacrifício que nos obteve o perdão pela culpa. Isto inclui o nosso pecado e os do mundo inteiro.

Devemos guardar os mandamentos, pois isto mostra que nós conhecemos a Jesus. Quem não guarda os mandamentos não conhece o Pai.

Quem diz que guarda os seus mandamentos e não guarda é mentiroso.

Aquele que guarda os seus mandamentos, tem o amor de Deus aperfeiçoado em suas vidas.

Aquele que diz que permanece em Jesus, deve andar como Jesus andou.

Aps. Bertoni e Alice – 04.6.2000

domingo, 28 de maio de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 3/23

O PECADO, A CONFISSÃO, O PERDÃO E A PROPICIAÇÃO

TEXTO BÁSICO: 1João 1:6 a 10

INTRODUÇÃO:

Deus deixou tudo pronto para sempre podermos nos manter ligado a Ele, mesmo pecando ainda. Lembre-se: Não somos pecadores procurando ser santos, mas, sim, somos santos, procurando não pecar.

EXAMINANDO OS TERMOS:

PECADO: (1João 1:6, 8 e 10)
No grego “hamartia” (hamartiologia = doutrina do pecado). Significa: errar o alvo, fracassar. Trata-se do fracasso em não atingir um padrão conhecido. Significa também o estado dos homens sem regeneração, sem novo nascimento.

Para manter comunhão com Deus é necessário andarmos na Luz, é necessário andarmos no Deus que é luz.

Andar nas trevas significa que estamos vivendo em pecado e quem diz que anda com Deus e vive nas trevas está mentindo. Não está praticando a verdade. João 8:44: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

CONFISSÃO: (1João 1:9)
No hebraico “Yada”, que significa confessar, mediante o estender da mão. No grego “homologéo”, que significa dizer a mesma coisa, confessar e também “eksomologéo”, que significa anunciar a mesma coisa, confessar.

No Velho Testamento é usada por mais 900 vezes e traduzida como: compreender, reconhecer, saber, tomar conhecimento, etc. A maioria das passagens tem a ver com o pecado e sua confissão.

No Novo Testamento é usada por 35 vezes, sempre sendo a idéia envolvida a de confissão e reconhecimento do pecado (Mateus 3:6; 7:23; 10:32; 11:25; 14:7; Marcos 1:5; Lucas 10:21; 12:8; 22:6; João 1:20; 9:22; 12:42; Atos 7:17; 19:18; 23:8; 24:14; Romanos 10:9 e 10; 14:11 (citando Isaías 45:23); 15:9 (citando Salmo 18:50); Filipenses 2:11; 1Timóteo 6:12; Tito 1:16; Hebreus 11:13; 13:15; Tiago 5:16; 1João 1:9; 2:23; 4:2 e 3 e 15; 2João 7 e Apocalipse 3:5.

PERDÃO: (1João 1:9)
No hebraico temos 4 palavras: “salach” = perdoar; “sallach” = perdão; “kaphar” = cobrir e “nasa” = levantar, perdoar, usadas por cerca de 70 vezes no Velho Testamento.

No grego temos 4 palavras: “aphíeme”= deixar ir, perdoar; “áphesis” = perdão; “charizomai” = ser gracioso com e “apolúo” = soltar, perdoar, usadas cerca de 185 vezes no Novo Testamento.

Pode ser um ato divino perdoando o homem e pode ser exercido entre os homens (um em relação a outro). O perdão é um ato da alma mediante o qual a pessoa ofendida permite que o seu ofensor fique livre, esquecendo-se, então, da ofensa. Sempre que possível o ofensor deve reparar os danos causados.

PROPICIAÇÃO: (1João 1:7)
O sangue de Jesus é o único meio de pagamento do pecado (Romanos 3:25).

A base é: confissão nos mantém na condição de santos procurando não pecar.

Aps. Bertoni e Alice – 28.5.2000

domingo, 21 de maio de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 2/23

DEUS É LUZ

TEXTO BÁSICO: 1João 1:5

INTRODUÇÃO:

Ao dizer que Deus é luz a Bíblia está falando de santidade e integridade absoluta.

DEFININDO OS TERMOS:
SANTIDADE:
A santidade, no seu sentido mais sublime, é aplicada a Deus. Significa teologicamente, estar separado de todo o pecado e contaminação, que fala a Bíblia.

Exemplo bíblico: Daniel 1:8 – Daniel resolve não se contaminar com as iguarias do rei.

Jesus é o nosso mais elevado exemplo de santificação: Ele é a nossa santificação (1Coríntios 1:30).

INTEGRIDADE:
A integridade refere-se à inteireza moral, a condição daqueles que são possuidores de um autêntico caráter moral, em contraste com aqueles cuja natureza inclui o engodo, a astúcia e a malícia.

Exemplo bíblico: No livro de Josué 24:14 e 15, o próprio Josué exorta o povo a ser integro e fiel e ele mesmo dá exemplo, dizendo que: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.
Jesus ensina a integridade: Mateus 6:1 a 8.

EXAMINANDO O TERMO “LUZ”, EM RELAÇÃO A DEUS:

DEUS PAI É LUZ: 1João 2:8; 1Timóteo 6:16.
DEUS FILHO É LUZ: João 1:9; 3:19; 8:12.

HOMENS COMO LUZ:

Há homens que estão em trevas: Efésios 5:8.
Os homens podem tornar-se luzes: João 1:4.

O Logos, como luz de Deus, trouxe revelação de Deus aos Homens: Êxodo 34:29; 2Coríntios 3:12 a 18; 4:4 a 6; João 1:9.

Os crentes são luzes de Deus: 2Samuel 21:17; 1Reis 11:36; Salmo 132:17; Lucas 2:32.
Nosso futuro e glorioso lar no reino da Luz: Colossenses 1:12 e 13.

Aps. Bertoni e Alice – 21.5.2000

domingo, 14 de maio de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 1/23

A BASE DA VIDA CRISTÃ

TEXTO BÁSICO: 1João 1:1 a 4.

INTRODUÇÃO:

A primeira carta de João foi escrita para uma comunidade cristã que se defrontava com e heresia gnóstica do primeiro século. João procurou encorajar os membros a viverem uma espécie de vida coerente com a comunhão com Deus e Seu Cristo. A carta aborda temas vitais como: a justiça, o amor e o conhecimento certo. O autor não considera esses temas meramente como exigências éticas, mas como realidades espirituais baseadas na revelação cristã de Deus e Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Por conseguinte, a doutrina cristã está nas raízes do livro, e os estudiosos são tentados a pensar, às vezes, que se trata de uma exposição doutrinária da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Se tivermos de seguir a mente do escritor, entretanto, precisamos evitar essa tentação, visto que ele está preocupado, primeiramente, com a qualidade de vida cristã de seus leitores. Enquanto que o tema do Evangelho é: JESUS É O CRISTO (João 20:31), o tema da Epístola é: O CRISTO É JESUS.

O VERBO DA VIDA E A COMUNHÃO COM DEUS:

O VERBO DA VIDA:

OUVIDO, VISTO: referem-se aos sentidos dos apóstolos que confirmaram a vinda de Cristo em carne. As heresias gnósticas negaram a humanidade real do Senhor.

Verbo DA VIDA: Provavelmente não se refere a Cristo, mas à mensagem da vida (gr. logos logos = palavra).

VIDA (v.2): Indica que a vida refere-se a Cristo (João 1:1, 14).

A COMUNHÃO COM DEUS:

MANTER COMUNHÃO: A participação na graça de Deus, por Cristo, e a presença do Espírito Santo, que os apóstolos gozaram, são patrimônios dos crentes de qualquer geração (cf. João 17:21).

EVANGELISMO E COMUNHÃO: Um evangelismo que não visa comunhão verdadeira numa comunidade espiritual (Igreja, célula, rede, etc.) deixa de ser bíblico.

MENSAGEM DE EDIFICAÇÃO:
O alvo da mensagem de edificação é:

ALEGRIA EM COMUNHÃO: (João 15:11).
SANTIDADE: (para que não pequeis) (2:1).
SEGURANÇA: A fim de saberdes que tendes a vida eterna (5:13).

GNÓSTICISMO: Doutrina esotérica grega que admitia podermos fazer qualquer coisa em nosso corpo, pois o que interessava, no final, era separar a alma da carne (essa, a alma, é que seria “salva”, o corpo era essencialmente mal).

COMUNHÃO: Consiste em um acordo em que diversas pessoas unem-se e chegam a participar juntas de uma determinada coisa (2 Coríntios 6:14 e 1João 1:3).

Aps. Bertoni e Alice – 14.5.2000