domingo, 27 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 16/23

DEUS É AMOR

TEXTO BÁSICO: 1João 4:7 a 12

INTRODUÇÃO:

João ensina a respeito do amor de Deus até o versículo de número 21. Hoje nós começaremos a verificar a essência do Deus que é amor.

EXAMINANDO OS TERMOS:
UNIGÊNITO: (1João 4:9)
monogenhv “monogenes”, no grego, significa “o único gerado”, ou simplesmente “o único”, pois na literatura grega o termo é usado como sinônimo de “ímpar”, sem qualquer ênfase sobre a idéia de geração.

A ênfase, pois, recai sobre a “natureza ímpar” de Cristo. Ele é o único Salvador e Mediador. Seus ofícios não podem ser compartilhados por atividades angelicais, porquanto Ele será sempre infinitamente superior a eles.

Os gnósticos faziam do Cristo apenas um dentre muitos aeons “aeons” ou pequenos deuses, que seriam outros tantos salvadores e mediadores. Para a maioria deles Jesus nem mesmo seria o mais elevado dos “aeons e muito menos o logos ‘logos’”.

propiciação: (1 João 4:10)
Hiláskomai “hiláskomai” o verbo, e hilasmós “hilasmós” o substantivo no grego, significam “propiciar (propiciação), reconciliar (reconciliação), expiar (expiação)”. O substantivo também era usado para indicar uma oferenda que procurava expiação, conciliação.
Era no propiciatório que Deus mostrava-se gracioso e exibia a sua misericórdia.
O propiciatório era parte integrante do tabernáculo e do templo de Jerusalém.
Jesus Cristo foi a propiciação em nosso lugar.

EXAMINANDO O TEXTO:
A Bíblia sempre fala a respeito do amor que deve existir entre irmãos e dá algumas indicações de como o amor pode acontecer:

O amor procede de Deus;
Aquele que ama (com este verdadeiro amor) é nascido de Deus;
Aquele que ama (com este verdadeiro amor) conhece a Deus;
Aquele que não ama, não conhece a Deus.

Deus é amor: Esta é uma das mais lindas e importantes definições de Deus que a Palavra nos mostra.

Este amor se manifesta:
Em Deus ter enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para podermos viver através da obra que Ele fez;
Em que Deus nos amou, mesmo antes de nós O conhecermos e O amarmos;
O Filho enviado veio com o propósito de fazer propiciação em nosso favor, e assim, nós fomos reconciliados.

Por causa desta maneira que Deus manifestou o Seu amor por nós, João volta a afirmar: Devemos nos também nos amar uns aos outros.

Aps. Bertoni e Alice – 27.08.2000

domingo, 20 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 15/23

ALMAS E ESPÍRITOS DESINCORPORADOS

TEXTO BÁSICO: 1João 4:1 a 6.

INTRODUÇÃO:

Estamos retornando a um assunto que foi abordado na lição anterior, por causa da polêmica e do interesse despertados.

EXAMINANDO O ASSUNTO:
ESPÍRITOS DESINCORPORADOS:
Espírito de Jesus Cristo desincorporado: O texto de 1Pedro 3:18 e 19 diz: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão...”.

Salvos desincorporados: o texto de 2Coríntios 5:1 a 5, nos mostra claramente que seremos desligados deste tabernáculo (corpo) em que vivemos, porque aspiramos um dia receber nosso corpo glorificado. Isto está se referindo àqueles que morrerem em Cristo e não aos que forem arrebatados.

Experiências bíblicas de servos levados em espírito a outros lugares: Temos alguns exemplos bíblicos: Paulo (2Corintios 12:1 a 4); João (Apocalipse 1:9 e 10); Eliseu (2Reis 5:25 e 26). Sempre vemos que nesses casos não há interferência do desejo (alma) do homem, mas sim Deus opera e leva o espírito da pessoa para algum lugar que lhe apraz, com propósito especifico.

Experiências atuais de servos levados em espírito a outros lugares: Há muitas experiências atuais de pessoas que têm sido levadas, em espírito, por Deus, para lugares e para dimensões espirituais que as fazem agir conforme uma determinação muito precisa da vontade de Deus, para um propósito que Deus tem em mente, por exemplo: intercessão pelos seus escolhidos.

ALMAS DESINCORPORADAS:

Diferentemente das experiências de espíritos que saíram do corpo, para cumprir um propósito que Deus tinha em mente, a alma, por ser comandada pelos pensamentos, desejos, sentimentos, vontade do homem, quando sai do corpo é porque o ser humano assim o determinou.
2.1.2. Podemos, também dizer que, aqueles que têm demônios agindo em suas vidas, acabam permitindo que os espíritos demoníacos tenham acesso às suas almas e as manipulem, fazendo com que saiam do corpo. A estes fenômenos demoníacos chamamos de: projeção da alma, projeção da psique, viagem astral, entrar em estado alta, etc.
2.1.3. Projeção da alma: chamada de projeção da psique (psique = alma no grego). A morte física é apenas uma projeção permanente da psique, diz um autor. Ele (cristão?), defende a tese de que podemos fazer projeções da nossa alma. Esta mesma experiência é chamada por alguns de "projeção astral". Diz esse autor que esta projeção pode ser feita por vontade do homem e também por manipulação demoníaca. Cremos que Deus não nos deu a alma para ser a comandante do nosso corpo. Na verdade Deus nos fez "espírito", soprando em nossas narinas o fôlego de vida, e então passamos a ser uma alma vivente. Verifique que primeiro entrou porção do Espírito de Deus no nosso corpo de terra, para depois passarmos a ser alma vivente. Portanto, somos essencialmente espírito, a ponto de no pecado de Adão termos morrido espiritualmente. Podemos verificar isto claramente no texto de Efésios 2:1 a 10.

Fazemos uma ressalva que no meio evangélico é pouco usada a expressão “desincorporado”, para que não seja feita qualquer confusão com a doutrina demoníaca da reencarnação, totalmente descartada pela Palavra de Deus: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado. aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:21 e 28).

Aps. Bertoni e Alice – 20.8.2000

domingo, 13 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 14/23

OS FALSOS PROFETAS E OS VERDADEIRAS DISCÍPULOS

TEXTO BÁSICO: 1João 4:1 a 6.

INTRODUÇÃO:

João começa um novo assunto a respeito da tentativa dos falsos profetas de interferir no verdadeiro mover de Deus em sua Igreja.

EXAMINANDO O TERMO:
ESPÍRITO: (1João 4:1, 2, 3 e 6)
“Ruach” no hebraico, é um substantivo derivado de um verbo que quer dizer “respirar” ou “soprar” e aparece por quase 400 vezes no Velho Testamento. “Pneuma” no grego (ligado ao verbo “pnéo”, é usado como “soprar” (por exemplo: 2 Tessalonicenses 2:8) ou “vento” (por exemplo: João 3:8) e aparece por 370 vezes no Novo Testamento. É usado na sua esmagadora maioria como “espírito”.

O espírito é reconhecido como um ser inteligente, dotado de sentimentos, porém destituído de corpo. Todo espírito é vivo, mas não está, necessariamente envolvido com alguma forma material, como é o caso, por exemplo dos anjos e demônios, que nunca tiveram corpos físicos, mas nem por isso são destituídos de todas as qualidades próprias da personalidade.

Podemos entender que há algumas formas de espíritos:
Deus como Espírito: Foi o próprio Senhor Jesus Cristo que definiu Deus como um Espírito (João 4:24).

Outros seres espirituais: Seres vivos que são espíritos, os quais são moralmente responsáveis, diante dele, embora destituídos de corpo físico (anjos e demônios).

O homem como um ser espiritual: É um espírito dotado de um corpo físico.

Espíritos humanos desincorporados: Poucas passagens bíblicas aludem ao espírito humano separado do corpo, geralmente por ocasião da morte. Hoje sabemos que por força demoníaca a alma humana também sai do corpo humano em viagens astral, estado alfa, etc. (vide: Hebreus 12:23; 1Pedro 3:19; 2Coríntios 5:1 a 5).

EXAMINANDO O TEXTO:

O discípulo deve estar pronto para provar a qualquer espírito, para ver se procedem de Deus.
Muitos profetas falsos têm entrado no meio dos discípulos e feito confusão, com palavras proféticas que não procedem da boca de Deus.

Os testes para provar os espíritos podem ser divididos assim:
Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
Todo espírito que nega que Jesus Cristo veio em carne é do diabo;
Toda palavra profética que exorta e/ou edifica e/ou consola, procede da boca de Deus;
Toda palavra profética que acusa, destrói ou entristece, procede da boca do diabo ou da carne (alma) daquele que a proferiu.

Temos que estar atentos para discernir o espírito do anticristo, que presentemente, desde o tempo de João, já estava no mundo.

Temos condições espirituais de ter estes discernimentos “... porque maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo” (1João 4:4).

Os falsos profetas, tomados pelo espírito do anticristo, procedem do mundo e somente podem falar daquilo que estão contaminados pelo mundo.

O mundo aceita o que eles falam, porque são da mesma espécie, do mesmo DNA espiritual (do maligno).

O espírito da verdade é distinguido do espírito do erro quando alguém que conhece a Deus nos ouve, porque falamos da verdade e quando não nos ouve, porque não tendo parte conosco (DNA de Deus), ouve o mundo (o espírito do erro).

Aps. Bertoni e Alice – 13.8.2000

domingo, 6 de agosto de 2000

1ª CARTA DE JOÃO 13/23

O CORAÇÃO É O CENTRO DE SABERMOS SE ESTAMOS JUSTOS DIANTE DE DEUS

TEXTO BÁSICO: 1João 3:19 a 24

INTRODUÇÃO:

João continua o assunto de estarmos amando nossos irmãos e odiando o mundo, colocando a certeza de que Deus é maior do que tudo, inclusive do nosso coração, e , portanto, as acusações de satanás não podem encontrar guarida quando estamos firmes, obedecendo aos seus mandamentos.

EXAMINANDO OS TERMOS:
VERDADE: (1João 3:18 e 19)
“Emeth” no hebraico, é traduzido por verdade e constância e aparece por 92 vezes no Velho Testamento. “Alétheia” no grego, é traduzida por verdade e aparece por 110 vezes no Novo Testamento.

No Velho Testamento a palavra “emeth” e suas derivantes, indicam idéias de firmeza, estabilidade, fidelidade e alguma base fidedigna de apoio. É uma qualidade atribuída tanto a Deus quanto às criaturas. Não é somente uma afirmação verbal, mas também implica em conduta e cumprimento das promessas. Na Bíblia está sempre associada à gentileza, à justiça e à sinceridade.

No Novo Testamento, o termo “alétheia”, etimologicamente, sugere que alguma coisa foi aberta, descoberta, revelada, segundo a sua verdadeira natureza, dando a idéia daquilo que é real e genuíno, contrapondo-se ao que é imaginário ou falso.

ACUSAR: (1João 3:20 e 21)
Significa falar contra alguém. O substantivo é “acusador”, que na Palavra de Deus está falando diretamente de satanás (o acusador). Este acusa os filhos de Deus continuamente, de dia e de noite (vide Jó 1:1 a 12).

O dicionário da língua portuguesa define também: imputar (a alguém) um erro, uma culpa ou crime; criminar, increpar, culpar, mostrar, denunciar, fazer sobressair.

EXAMINANDO O TEXTO:
João continua no versículo 19 a falar do objeto que estava falando nos versículos anteriores. Tanto que começa com: “E nisto ...”. Nisto o que? Na prática do amor é que demonstramos que somos da verdade. Não está falando de uma verdade qualquer, mas DA verdade que é parte do caráter de Deus e que deve fazer parte de nós. Está falando da verdade da prática dos ensinos da Palavra de Deus e não somente da boca para fora, conforme já havia dito no versículo 18.

Se amarmos de fato, com atitudes, sabemos que somos da verdade.
Diante de Deus temos tranqüilidade e o nosso coração não nos acusa.

Perceba que Deus não nos acusa, mas sim a verdade dele que está embutida dentro de nós é quem nos acusa. Se não temos este tipo de condenação, temos grande paz, porque Deus é maior do que tudo.

Você pode pedir a Deus o que você quer e terá a confiança de que você receberá, porque, cumprindo os mandamentos de Deus, não há nenhuma acusação contra você e, portanto, há a confiança que Ele lhe dará.

Qual é o mandamento que devemos cumprir? O mesmo que Jesus deixou explícito em João 13:34: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” e que, agora, repete no versículo 23: “Ora, o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou”.

A Palavra de Deus é repetitiva e constante, no que diz respeito à obediência aos mandamentos de Deus. Você quer permanecer em Deus e quer que Deus esteja sempre presente na sua vida? “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele”.

Aps. Bertoni e Alice – 06.8.2000