sábado, 28 de junho de 2008

Agora vivo não mais eu

RENÚNCIA

GÁLATAS 2:11 A 21

“11. Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. 12. com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. 13. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. 14. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: Se, sendo tu judeu vives com o gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? 15. Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16. sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. 17. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadoresm dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não! 18. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor. 19. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 20. Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; E esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. 21. Não anulo a graça de Deus; Pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Crusto em vão” (GÁLATAS 2:11 A 21).

INTRODUÇÃO:

O MERCADOR DE PÉROLAS

Jesus disse em Mateus 13 que o reino de Deus era semelhante a um mercador de pérolas que estava procurando finas pérolas, e quando ele encontrou a pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía a fim de adquirí-la.

- Quero muito esta pérola, disse o mercador de pérolas ao vendedor, quanto custa?

- Bem, diz o joalheiro, ela é muito cara.

- Quanto?

- É uma soma considerável.

- O senhor acha que eu poderia comprá-la?

- Naturalmente. Qualquer pessoa pode comprá-la.

- Mas o senhor não disse que era muito cara?

- Disse.

- Quanto é, então?

- Tudo que você possui, responde o vendedor.

Ele pensa um pouco e depois diz:

- Está vem, eu a compro.

- Então vamos ver o que é que você possui. Vamos anotar tudo aqui.

- Bem, tenho este tanto de dinheiro no banco.

- Ótimo, e o quê mais?

- Só isto. É tudo o que possuo.

- Nada mais?

- Bem, tenho alguns trocados no bolso.

- Quanto?

- Vejamos... trinta, quarenta, sessenta, oitenta centavos.

- Ótimo. O quê mais você tem?

- Nada mais. Isso é tudo.

- Onde você mora? Indaga o vendedor.

- Em minha casa... É, eu tenho uma casa.

- Então a sua casa também entra no negócio, disse o vendedor e acrescentou a casa na lista.

- Vou ter que morar em minha barraca de camping.

- Você possui uma barraca? Ótimo, ela também entra no negócio. O quê mais?

- Bem, agora só me resta o carro para dormir.

- Ah, possui um carro?

- Dois.

- Os dois passam a ser meus. O quê mais?

- Bem, o senhor já está com meu dinheiro, minha casa, meus carros, minha barraca de camping. O quê mais quer?

- Você é só no mundo?

- Tenho esposa e dois filhos.

- Então a esposa e os filhos passam a ser meus também. O quê mais?

- Não me resta mais nada. Estou sozinho agora.

De repente o foalheiro exclama:

- Ah, quase me esqueci, você também entra no negócio. Tudo agora é meu - Você, sua esposa, seus filhos, seu dinheiro, seus carros e sua barraca de camping.

E depois continua:

- Agora escute. Deixarei que você fique com estas coisas por enquanto. Mas não se esqueça de que elas são minhas, assim como você também. E quando eu precisar de qualquer uma delas você terá que entregá-las, pois eu sou o proprietário.

“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (MATEUS 16:24).

RENÚNCIA:

Renunciar é o ato ou o efeito de renunciar. É desistência.

É desistir de tudo o que nos é próprio.

É decidir deixar Cristo viver em nós.

É decidir deixar de viver a nossa própria vida e viver a vida de Cristo em nós.

O texto que lemos nos fala de algumas coisas importantes que o apóstolo Paulo decidiu fazer.

Fala claramente de renúncia.

E eu quero examinar algumas palavras do texto.

SER JUSTIFICADO:

O texto fala em sermos justificados: tornados justos.

Não fala em nós próprios nos justificarmos, nos tornarmos justos.

O termo no grego é: DIKAIOO, e significa: tornar justo ou como deve ser, mostrar, exibir, evidenciar alguém, ser justo, tal como é e deseja ser considerado.

Quem nos tornou justo foi Jesus, o justo.

Ele nos justificou perante o pai e assumui a nossa culpa do pecado, na cruz.

Esta justificação não aconteceu por obra nossa, mas sim pela fé que temos em Jesus de que ele fez por nós a justificação.

TORNO A EDIFICAR:

A expressão no grego é: PALIN OIKODOMEO e significa: de novo, outra vez, renovação ou repetição da ação, mais uma vez, em adição contruir uma casa, erigir uma construção, edificar (a partir da fundação), restaurar pela construção, reconstruir, reparar.

Que casa?

A casa da nossa justificação própria.

Não deixamos mais a obra da cruz ser real em nós, mas queremos, muitas vezes retomarmos a obra para as nossas mãos, imaginando que podemos resolver os problemas por nós mesmos.

Paulo está fazendo um veemente protesto contra o fato das pessoas requererem das outras o que não conseguem por só próprias e com isso tentam edificar novamente as suas próprias justificações pelas suas obras e não pela obra da cruz.

ESTOU CRUCIFICADO COM CRISTO:

Este deve ser o objetivo de cada um de nós, adoradores do Senhor: Estarmos crucificados com Cristo.

Mas será que estamos mesmo?

Será que agora não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim?

Será que temos tomado a nossa criz a cada dia para seguirmos a Jesus?

Renúncia implica em deixarmos de viver a nossa própria vida, e portanto estarmos mortos, e vivermos a vida de Cristo.

Isso é fácil?

Claro que não é.

Mas esse morrer está implícito na renúncia.

A antiga música evangélica diz:

TUDO, Ó CRISTO A TI ENTREGO;
TUDO, SIM, POR TI DAREI!
RESOLUTO, MAS SUBMISSO,
SEMPRE, SEMPRE, SEGUIREI!
TUDO ENTREGAREI!
TUDO ENTREGAREI!
SIM POR TI, JESUS, BENDITO,
TUDO ENTREGAREI!

CONCLUSÃO:

Renúncia é questão de decisão.

É tomada de posição.

É questão de: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (MATEUS 16:24).

Se queremos seguir a Jesus temos que nos negar (renunciar), tomarmos a nossa cruz e seguir a Jesus.

A cruz trocada
Um cristão carregava sua cruz resignadamente quando avistou uma "Fbrica de cruzes”.

Entrou na loja da fábrica e perguntou:

- Vocês aceitariam a minha cruz à base de troca? É uma voa cruz, mas, já não estou mais aguëntando o seu peso.

- Sem problemas, meu amigo. Escolha à contade.

Passou, então, a experimentar várias cruzes, mas, nenhuma delas lhe agradava. Reclamava de todas:

- Essa é muito grande!

- Essa é muito longa!

- Essa é muito feia!

- Essa é muito mais pesada que a minha!

- Essa é muito áspera!

- Essa é muito mal cheirosa!

- Essa é muito...

Por horas, ele revirou a loja inteira, mas justamente quando o vendedor estava quase perdendo a paciência, finalmente ele encontrou uma cruz de que fostou. Parecia ter sido feito sob medida para ele.

- Vou ficar com essa. Então, quanto lhe devo?

- Você não me deve nada, meu amigo. Nessa confusão toda, o senhor acabou escolhendo a sua própria cruz.

Quem quer deixar Cristo viver em sua vida totalmente, morrendo para a antiga vida, tem que renunciar sua própria vida.

AGORA VIVO NÃO MAIS EU!

CRISTO VIVE EM MIM! ALELUIA!

AMÉM!

Ap. Bertoni