domingo, 16 de janeiro de 2005

Carta de Paulo aos Filipenses 9/9

O EVANGELHO DEVE OCUPAR TODA A NOSSA VIDA

INTRODUÇÃO:

“Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor”.

As exortações já haviam sido feitas, todas, por Paulo, para a Igreja de Filipos.

Agora ele estava encerrando sua carta dizendo que os discípulos eram sua alegria e eles eram sua honra (coroa).

Para que isso continuasse a acontecer era necessário que todos permanecessem firmes no Senhor.

Mas algumas exortações de caráter particular tinham que ser ainda colocadas.

“Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor”.

Duas mulheres estavam pensando de forma a causar divisão no corpo de Cristo e Paulo estava pessoalmente pedindo a elas que entrassem em acordo, que houvesse concessões por parte das duas para que a igreja não sofresse.

Ainda era necessário que houvesse intervenção pessoal de um líder para solucionar a situação.

“A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no livro da vida”.

Eram pessoas colaboradoras, mas que estavam sendo envolvidas, por estratagema diabólico, em situação de se afastarem.

Fiel companheiro de jugo. Quem é esse? Não se sabe exatamente quem seja esse companheiro de jugo. Pode ser Clemente ou algum pastor da Igreja de Filipo.

Pode ser também o nome grego de uma pessoa: “Suzugos”, que quer dizer: companheiro, consorte, camarada, colega, parceiro.

FINALMENTE, RECOMENDAÇÕES GERAIS:

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.

Alegria constante, no Senhor, independentemente das circunstâncias.

“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”.

Sermos modestos, equilibrados diante de todos (cristãos e não cristãos).

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”.

Ansiedade é um pecado. Não acrescenta nenhum centímetro em nossas vidas, conforme falou Jesus. Ao invés de ficarmos ansiosos devemos usar a arma que Ele nos deu e que abre todas as portas: oração.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro,...”.

Falemos sempre e somente a verdade.

“Finalmente, irmãos,..., tudo o que é respeitável,...”.

Sejamos respeitosos e respeitáveis em tudo.

“Finalmente, irmãos,..., tudo o que é justo,...”.

Busquemos sermos justos em todas as nossas atitudes.

“Finalmente, irmãos,..., tudo o que é puro...”.

Santidade e pureza são o que se requer de santos. Somos santos que buscam não pecar.

“Finalmente, irmãos,..., tudo o que é amável,...”.

Em todas as coisas deveremos ser amáveis.

“Finalmente, irmãos,..., tudo o que é de boa fama,...”.

É necessário estarmos envolvidos somente em situações e com pessoas que nos deixem com uma atitude de boa fama.

“Finalmente, irmãos,..., se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.

Temos que ocupar todo o nosso pensamento com virtudes e com louvor a Deus. O louvor próprio é egocentrismo.

“Finalmente, irmãos,..., o que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai...”.

É tempo de, simplesmente, não sermos ouvintes da palavra, mas praticantes.

É SEMPRE RECOMENDÁVEL ESTAR ATENTO ÀS NECESSIDADES DO DISCIPULADOR:

“Uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado”.

“Fizestes bem, associando-vos na minha tribulação”.

“No início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades”.

“Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”.

Paulo cita diversas situações em que foi atendido financeiramente pelos discípulos.

É DO SENHOR QUE DEPENDEMOS EM TUDO:

“Tudo posso Naquele que me fortalece”.

Essa frase é dita no contexto de aflição financeira que Paulo tinha passado em seu ministério.

Ele se fortalece em todas as coisas naquele (Jesus) que pode lhe fortalecer.

Não é na sua própria força.

SENDO ABENÇOADOS:

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”. “E o Deus da paz será convosco”. “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!”.

Interessante que Paulo vai intercalando essas expressões em todo o final da sua carta.

Tudo isso está ligado a tudo o que ele recomendou aos seus discípulos.

Fazendo o que foi recomendado viriam a paz e as riquezas do Senhor.

Aps. Osvaldo e Alice Bertoni

domingo, 9 de janeiro de 2005

Carta de Paulo aos Filipenses 8/9

O EVANGELHO NOS FAZ MODELOS PARA OS DISCÍPULOS

INTRODUÇÃO:

“Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais d’outro modo, também isto Deus vos esclarecerá”.

Paulo fala de ser perfeito.

Provavelmente muitos de nós ao lermos isso já nos sentimos até desmotivados para continuar, porque não vemos em nós mesmos perfeição nenhuma.

Na verdade o termo grego é “teleios” que significa: levado a seu fim, finalizado; que não carece de nada necessário para estar completo; aquilo que é perfeito; integridade humana e virtude humana consumados, de homens adultos, maduros, maiores idade.

Claro que em Cristo Jesus nós estamos espiritualmente completos, ou seja: perfeitos.

Paulo também fala de termos este sentimento de estarmos perfeitamente completos em Jesus Cristo.

Essa palavra sentimento significa na essência: ter entendimento, ser sábio; ter uma opinião de si mesmo, ser modesto, não permitindo que a opinião que se tem de si mesmo (apesar de correta) exceda os limites da modéstia; ser do mesmo pensamento, isto é: concordar, compartilhar os mesmos pontos de vista, ser harmonioso.

Paulo diz que se pensamos de outra forma diferente dos nossos irmãos é necessário ter o mesmo sentimento.

Fala ainda sobre aqueles que têm dificuldade para ter o mesmo sentimento: Deus dará os esclarecimentos necessários para que isto aconteça.

CADA UM TEM O SEU PRÓPRIO LIMITE:

“Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos”.

Todos devemos entender que cada um está num nível espiritual diferente do que os outros e deve andar segundo aquilo que alcançou.

Eu não devo andar aquém do que eu já alcancei, pois assim estarei agradando o meu Senhor.

Por outro lado, não posso exigir que os outros andem segundo o que eu alcancei.

Mas cada um deve andar segundo o que alcançou no reino do espírito e não deve se conformar em andar em nível aquém do que alcançou.

Isto desagradaria ao seu Senhor.

NÃO DEVEMOS SER IMITADORES DOS QUE NÃO SEGUEM VERDADEIRAMENTE A CRISTO:

“Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”.

Paulo sempre tem o cuidado de estar alertando a igreja sobre aqueles que andam dentro da igreja e que são inimigos da cruz de Cristo.

Somente se preocupam com o seu ventre, ou seja: com aquilo que lhes dá prazer imediato, com aquilo que buscam, até em nível espiritual, mas imediatistas no querer receber (e somente receber) as bênçãos de Deus. Não querem dar nada, mas somente receber.

A glória deles está na sua infâmia, ou seja: na sua desonra.

Não podemos ver modelo naqueles que somente pensam nas coisas terrenas.

DEVEMOS SER IMITADORES DOS QUE SEGUEM VERDADEIRAMENTE A CRISTO:

“Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”.

Imitador é aquele que imita alguém fazendo as mímicas do imitado.

Vem da palavra grega: “memomai”, de onde surgiu a palavra no português: mímica.

Paulo tinha um procedimento no evangelho que lhe dava autoridade de dizer aos seus discípulos: sede meus imitadores.

Ele ainda dava uma outra recomendação: era necessário também observar aqueles que andavam segundo o modelo que ele demonstrava.

Essa palavra “modelo” tem no grego o significado de: de acordo com; justamente como, exatamente como; na proporção que, na medida que.

Paulo não hesitava em recomendar olharem para os seus discípulos, porque ele sabia com que qualidade ele os havia formado.

Está na hora de nós, a igreja do Senhor Jesus Cristo assumirmos a nossa verdadeira identidade, como filhos de Deus e, assim, dizermos ao mundo: podem nos imitar, pois nós somos imitadores de Cristo.

CONCLUSÃO:

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua glória, segundo a eficácia do poder que Ele tem de até subordinar a Si todas as coisas”.

Contrapondo-se àqueles que andavam segundo a sua natureza terrena, Paulo começa a falar das coisas sublimes que nos esperam e que deveriam estar bem presentes em nossa mente e vida, no tempo presente.

Ele fala que nossa pátria está nos céus.

De lá nós aguardamos a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Paulo fala do que acontecerá na segunda vinda de Jesus: ele transformará o nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo da glória de Jesus.

Paulo fala de algo que ele experimentara e experimentava a cada momento em sua vida: Jesus tinha capacidade de fazer todas as coisas, até em transformar o nosso corpo de humilhação em corpo glorificado, pois ele tinha um poder que era eficaz.

Esse poder de Jesus fazia com que todas as coisas Lhe fossem submetidas.

Ele tinha poder até para transformar algo humilhado em algo glorificado.

Aps. Osvaldo e Alice Bertoni

domingo, 2 de janeiro de 2005

Carta de Paulo aos Filipenses 7/9

O EVANGELHO DEVE SER MANTIDO PURO

INTRODUÇÃO:

Paulo trás uma palavra que é de encorajamento à igreja.

Apesar de tudo o que ele já tinha visto e que era necessário corrigir na igreja, ele diz: “quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor”.

Ele sabia que, para a adequada formação do caráter dos discípulos, era necessário ser repetitivo.

“A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas”.

A palavra traduzida por “não me desgosta” procede de um vocábulo grego que significa: não ser lento, não ser indolente, não andar para trás, não se sentir relutante, não demorar, não hesitar.

A palavra grega traduzida por “é segurança”, significa: firme e aquilo que é de confiança, certo, verdadeiro, apropriado para confirmar.

Tudo isso Paulo estava dizendo para confirmar que era necessário repetir por diversas vezes os ensinamentos já dados.

Porém isso não era para ele, de qualquer forma, desanimador.

Na verdade Paulo lutava para preservar o evangelho puro de toda a interferência maligna que queria macular o evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Essa deve ser hoje a nossa posição: lutarmos para preservar a pureza do evangelho.

ACAUTELAR-SE DAQUELES QUE QUEREM TRAZER IMPUREZAS PARA A IGREJA:

Paulo usa de metáforas para ensinar à igreja sobre aquilo que poderia contaminá-la.

Cães: pessoa de mente impura, pessoa impudente, que pensa com sensualidade sempre.

Maus obreiros: de uma natureza perversa, não como deveria ser, no modo de pensar, sentir e agir, baixo, errado, perverso, desagradável, injurioso, pernicioso, destrutivo, venenoso.

Falsa circuncisão: corte, mutilação.

Na verdade o que Paulo estava ensinado à igreja era a necessidade de se sair das ações carnais, pois isso não levava a nada, visto que a igreja deve viver no reino do espírito, para a tomada de posições e decisões.

Isso fica confirmado pelos versículos seguintes: “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível”.

Paulo está dizendo que os atos religiosos não servem para nada.

Circuncisão representava a aliança que Deus havia determinado para que o seu povo fosse reconhecido.

Porém, agora, ele reconhecia que para a manutenção do evangelho de Cristo, as atitudes religiosas para nada serviam.

Era necessário algo mais elevado em direção à Deus.

A SUBLIMIDADE DE CONHECER VERDADEIRAMENTE A CRISTO JESUS:

“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado Nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para O conhecer, e o poder da Sua ressurreição, e a comunhão dos Seus sofrimentos, conformando-me com Ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos”.

O que para Paulo antes significava a essência da sua religião (atos de manifestação em sua carne), agora ele considera tudo isso perda.

O que antes era lucro, agora era perda.

Conhecer a Cristo era uma verdadeira sublimidade.

Sublimidade significa no grego: manter-se sobre, sobressair, elevar-se, destacar-se, estar acima; ser superior em posição, autoridade, poder; exceder, ser superior, melhor que, sobrepujar.

Paulo está nos ensinando que o conhecimento da verdadeira religião, que é Jesus Cristo, é superior a qualquer outra coisa.

Esse conhecimento leva a igreja a manter puro o evangelho de Cristo.

Ter a Cristo é mais do que ter coisas, que ao tê-Lo consideramos como refugo.

Ter a Cristo é ser achado Nele.

Ter a Cristo é não ter justiça própria, pois essa procede da lei.

Ter a Cristo é ter a justiça que procede de Deus e é baseada na fé.

Com essa justiça temos como conhecer o poder da ressurreição de Cristo.

Com essa justiça vamos ter comunhão nos seus sofrimentos

Com essa justiça tenho como tomar a forma de morte que Ele teve, para alcançar o direito de conhecer a ressurreição dentre os mortos.

A SUBLIMIDADE DO CHAMADO, DA VOCAÇÃO:

“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Essa sublimidade não significa que Paulo já estava vivendo uma vida somente no espírito.

Significava que ele estava caminhando em busca da santidade, da perfeição.

Significava que ele havia sido conquistado por Cristo e queria conquistar outros, como Cristo o fez.

Ele estava totalmente imbuído de manter a pureza do evangelho, que implicava na ordem máxima de Jesus para os conquistados: conquistem outros.

Fazei discípulos, como eu fiz, foi o que disse Jesus.

Paulo dizia que não achava que já havia alcançado a conquista nos níveis que ele esperava.

Para que Paulo pudesse conquistar ele tomou um posicionamento: não vou ficar mais pensando nas coisas passadas.

Não vou mais pensar nos fracassos passados, nas derrotas, nas falências.

Vou para frente.

Esquecendo-se das coisas que para trás haviam ficado, ele avançava para as conquistas que estavam agora diante dele.

Na verdade ele queira um prêmio dado por Jesus: o prêmio do soberano chamamento que Deus havia feito para a sua vida, através de Jesus Cristo.

Aps. Osvaldo e Alice Bertoni