domingo, 2 de janeiro de 2005

Carta de Paulo aos Filipenses 7/9

O EVANGELHO DEVE SER MANTIDO PURO

INTRODUÇÃO:

Paulo trás uma palavra que é de encorajamento à igreja.

Apesar de tudo o que ele já tinha visto e que era necessário corrigir na igreja, ele diz: “quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor”.

Ele sabia que, para a adequada formação do caráter dos discípulos, era necessário ser repetitivo.

“A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas”.

A palavra traduzida por “não me desgosta” procede de um vocábulo grego que significa: não ser lento, não ser indolente, não andar para trás, não se sentir relutante, não demorar, não hesitar.

A palavra grega traduzida por “é segurança”, significa: firme e aquilo que é de confiança, certo, verdadeiro, apropriado para confirmar.

Tudo isso Paulo estava dizendo para confirmar que era necessário repetir por diversas vezes os ensinamentos já dados.

Porém isso não era para ele, de qualquer forma, desanimador.

Na verdade Paulo lutava para preservar o evangelho puro de toda a interferência maligna que queria macular o evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Essa deve ser hoje a nossa posição: lutarmos para preservar a pureza do evangelho.

ACAUTELAR-SE DAQUELES QUE QUEREM TRAZER IMPUREZAS PARA A IGREJA:

Paulo usa de metáforas para ensinar à igreja sobre aquilo que poderia contaminá-la.

Cães: pessoa de mente impura, pessoa impudente, que pensa com sensualidade sempre.

Maus obreiros: de uma natureza perversa, não como deveria ser, no modo de pensar, sentir e agir, baixo, errado, perverso, desagradável, injurioso, pernicioso, destrutivo, venenoso.

Falsa circuncisão: corte, mutilação.

Na verdade o que Paulo estava ensinado à igreja era a necessidade de se sair das ações carnais, pois isso não levava a nada, visto que a igreja deve viver no reino do espírito, para a tomada de posições e decisões.

Isso fica confirmado pelos versículos seguintes: “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível”.

Paulo está dizendo que os atos religiosos não servem para nada.

Circuncisão representava a aliança que Deus havia determinado para que o seu povo fosse reconhecido.

Porém, agora, ele reconhecia que para a manutenção do evangelho de Cristo, as atitudes religiosas para nada serviam.

Era necessário algo mais elevado em direção à Deus.

A SUBLIMIDADE DE CONHECER VERDADEIRAMENTE A CRISTO JESUS:

“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado Nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para O conhecer, e o poder da Sua ressurreição, e a comunhão dos Seus sofrimentos, conformando-me com Ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos”.

O que para Paulo antes significava a essência da sua religião (atos de manifestação em sua carne), agora ele considera tudo isso perda.

O que antes era lucro, agora era perda.

Conhecer a Cristo era uma verdadeira sublimidade.

Sublimidade significa no grego: manter-se sobre, sobressair, elevar-se, destacar-se, estar acima; ser superior em posição, autoridade, poder; exceder, ser superior, melhor que, sobrepujar.

Paulo está nos ensinando que o conhecimento da verdadeira religião, que é Jesus Cristo, é superior a qualquer outra coisa.

Esse conhecimento leva a igreja a manter puro o evangelho de Cristo.

Ter a Cristo é mais do que ter coisas, que ao tê-Lo consideramos como refugo.

Ter a Cristo é ser achado Nele.

Ter a Cristo é não ter justiça própria, pois essa procede da lei.

Ter a Cristo é ter a justiça que procede de Deus e é baseada na fé.

Com essa justiça temos como conhecer o poder da ressurreição de Cristo.

Com essa justiça vamos ter comunhão nos seus sofrimentos

Com essa justiça tenho como tomar a forma de morte que Ele teve, para alcançar o direito de conhecer a ressurreição dentre os mortos.

A SUBLIMIDADE DO CHAMADO, DA VOCAÇÃO:

“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Essa sublimidade não significa que Paulo já estava vivendo uma vida somente no espírito.

Significava que ele estava caminhando em busca da santidade, da perfeição.

Significava que ele havia sido conquistado por Cristo e queria conquistar outros, como Cristo o fez.

Ele estava totalmente imbuído de manter a pureza do evangelho, que implicava na ordem máxima de Jesus para os conquistados: conquistem outros.

Fazei discípulos, como eu fiz, foi o que disse Jesus.

Paulo dizia que não achava que já havia alcançado a conquista nos níveis que ele esperava.

Para que Paulo pudesse conquistar ele tomou um posicionamento: não vou ficar mais pensando nas coisas passadas.

Não vou mais pensar nos fracassos passados, nas derrotas, nas falências.

Vou para frente.

Esquecendo-se das coisas que para trás haviam ficado, ele avançava para as conquistas que estavam agora diante dele.

Na verdade ele queira um prêmio dado por Jesus: o prêmio do soberano chamamento que Deus havia feito para a sua vida, através de Jesus Cristo.

Aps. Osvaldo e Alice Bertoni

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