domingo, 26 de dezembro de 2004

Carta de Paulo aos Filipenses 6/9

O EVANGELHO RELACIONA OS DISCÍPULOS AO DISCIPULADOR COMO FILHOS AO PAI

INTRODUÇÃO:

Paulo estava passando por momentos muito difíceis na sua vida e ministério.

Ele fala em estar preocupado com a sua situação: “tão logo tenha eu visto a minha situação”.

Ele fala de que estava passando um tempo de lutas: “companheiro de lutas”.

Ele fala da compaixão de Deus para com o seu companheiro de ministério, Epafrodito, mas se inclui nessa compaixão: “Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim”.

Ele fala, também, de que estava passando por momentos de muitas tristezas, e Deus o preservou de mais tristeza, caso Epafrodito viesse a morrer: “para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza”.

A sua tristeza inclui também o fato de estar sabendo dos problemas que os seus filhos, da Igreja de Filipos, estavam passando, que os estava deixando tristes e isso poderia acrescentar mais tristezas, ainda, à sua vida: “vos alegreis, e eu tenha menos tristeza”.

Tudo isso mostra o cuidado paternal que Paulo tinha pelos seus filhos e é demonstrado com algumas atitudes, mesmo quando ele estava passando por grandes lutas.

NA IMPOSSIBILIDADE DE ESTAR PRESENTE, DEVEMOS MANDAR ALGUÉM DE NOSSA CONFIANÇA:

“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação. Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus. e conheceis o seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai. Este, com efeito, é quem espero enviar, tão logo tenha eu visto a minha situação”.

Timóteo era filho da fé de Paulo e de sua inteira confiança.

Paulo havia entrado em sua vida quando ele era ainda um adolescente e tinha acompanhado o seu crescimento na fé e no ministério.

Para ele Paulo escreveu duas cartas dando muitas orientações de como ele deveria conduzir-se para ser um ministro aprovado: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Timóteo 2:15).

Agora que estava impossibilitado na prisão para ir ver os cristãos de Filipos, ele resolve mandar Timóteo, assim que possível.

Sua preocupação ainda é maior com os discípulos, porque ele sabe que a ida de Timóteo demorará ainda um pouco.

Resolve, então enviar Epafrodito, pois uma situação de enfermidade de Epafrodito, que era conhecido da Igreja de Filipos, tinha deixado uma preocupação naquela igreja, pois ele quase morreu de enfermidade.

Mas, na verdade, a ida de Epafrodito era para serenizar os corações dos filipenses.

Paulo queria era mandar alguém em quem ele confiava inteiramente, e que tinha a mesma forma de entender e ministrar o evangelho: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses;...”.

O mais importante notar é que Paulo tinha cuidado com os seus discípulos, porque alguns estavam querendo se intrometer na vida da igreja para causar confusões: “Sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus”.

O INTERESSE DE PAULO ERA ELE MESMO TER CONDIÇÕES DE ATENDER SEUS DISCÍPULOS:

“E estou persuadido no Senhor de que também eu mesmo, brevemente, irei”.

Não podemos e não devemos nunca deixar nossos discípulos para outros cuidarem.

Isso pode ser até por um breve tempo, quando estamos impossibilitados.

Mas, a nossa condição de pais e mães dos discípulos nos leva a amá-los de tal maneira que nunca poderemos pensar em deixá-los aos cuidados de outros.

Os pais são aqueles que sabem realmente como tratar com os filhos.

Eles conhecem todas as carências e necessidades e, assim, saberão como enfocar e tratar cada situação.

Ninguém mais como os pais para conhecerem todas as necessidades de seus filhos.

NINGUÉM É CAPAZ DE NOS SUBSTITUIR INTEIRAMENTE JUNTO AOS NOSSOS DISCÍPULOS:

Paulo estava mostrando claramente que ele poderia por um período deixar seus discípulos aos cuidados de outros, mas, na verdade, ele queria estar ministrando a eles diretamente.

Assim deve ser o nosso comportamento como discipuladores e discípulos.

Podemos, por um certo período estarmos sendo ajudados por outros ministradores, a pedido dos nossos discipuladores.

Podemos, por um certo período estarmos pedindo a outros discipuladores que ajudem nossos discípulos.

Mas o objetivo final é que nós mesmos cuidemos deles e que cada um seja cuidado pelo seu discipulador.

DEVEMOS HONRAR OS QUE ESTIVEREM A PEDIDO DOS NOSSOS DISCIPULADORES CUIDANDO DE NÓS:

“Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse”.

Os homens que presidem sobre nós e nos discipulam devem, sempre, ser honrados por nós.

Será motivo de alegria para nós, quando o nosso discipulador pedir para que alguém cuide temporariamente de nós e nós honrarmos essa pessoa.

Lembre-se: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam;...” (1Tessalonicenses 5:12). “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1Timóteo 5:17).

CONCLUSÃO:

Os discípulos devem sempre estar buscando honrar aos seus discipuladores, da mesma forma que os discípulos de Paulo faziam com ele.

Na verdade, cada vez mais devemos estar criando uma relação de pai e filho.

“Para suprir a vossa carência de socorro para comigo”.

Os seus discipuladores também têm carências e você pode ser instrumento de socorro na vida deles.

Deus os abençoe!

Aps. Osvaldo e Alice Bertoni

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