“36. Um dos fariseus convidou-o para comer com ele; e entrando em casa do fariseu, reclinou-se à mesa. 37. E eis que uma mulher pecadora que havia na cidade, quando soube que ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com bálsamo; 38. e estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsamo. 39. Mas, ao ver isso, o fariseu que o convidara falava consigo, dizendo: Se este homem fosse profeta, saberia quem e de que qualidade é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora. 40. E respondendo Jesus, disse-lhe: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Respondeu ele: Dize-a, Mestre. 41. Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos denários, e outro cinquenta. 42. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles, pois, o amará mais? 43. Respondeu Simão: Suponho que é aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe Jesus: Julgaste bem. 44. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta com suas lágrimas os regou e com seus cabelos os enxugou. 45. Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés. 46. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. 47. Por isso te digo: Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. 48. E disse a ela: Perdoados são os teus pecados. 49. Mas os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? 50. Jesus, porém, disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lucas 7:36 a 50).
INTRODUÇÃO:
Encontramos na Bíblia inúmeras citações dos utensílios consagrados e usados, no Santo Templo do Senhor.
No dicionário Michaellis encontramos os seguintes sinônimos para a palavra vasos:
- Odres
- Botijas
- Talhas
- Cântaro
- Jarro
- Jarra
- Ânfora
- Balde, etc.
Estes vasos eram feitos de materiais diferentes, de várias formas, de vários tamanhos e usados para muitas finalidades, nas casas, nos comércios e no Templo do Senhor.
Esses vasos eram feitos de:
- Madeira
- Barro
- Ouro
- Prata
- Alabastro
- Pedra, etc.
Esses vasos eram usados para:
- Água para beber, cozinhar e lavar
- Vinho
- Vinagre
- Azeite
- Leite
- Ofertas de sacrifício
- Ungüentos medicinais
- Ungüentos perfumados, aromáticos e balsâmicos
- Ou simplesmente para adorno e decoração.
A Palavra nos fala de: vasos santos e vasos consagrados.
Fala também de vasos de honra e vasos de desonra.
Fala de vaso da ira de Deus.
Fala em vaso de misericórdia para fazer conhecida a Glória de Deus.
VASOS DE BARRO:
Em Jeremias 18:1 a 6 lemos: “1. A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo: 2. Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. 3. Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas. 4. Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. 5. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 6. Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”.
Em Isaías 64:8 lemos: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos”.
Somos vasos de barro nas mãos do oleiro.
Ele nos molda, nos dá a forma que quer.
Quando não se agrada Ele quebra e faz outro novo.
Nós não temos o direito de questionar porque nos fez desta ou daquela forma.
O barro se submete às mãos do Oleiro: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” (Romanos 9:20).
A nós, nos compete somente desejar ser vasos de honra, cheios da Glória de Deus!
MARIA: UM VASO TRANSFORMADO:
Havia uma mulher, chamada Maria, que era prostituta e que teve sua vida transformada através de Jesus.
Ela, como cada um de nós, foi criada por Deus para amá-lo e pertencer somente a Ele.
Mas se prostituiu, física e espiritualmente, assim como cada um de nós nos prostituímos de tantas formas, antes de Jesus.
Se não vigiarmos, até depois de nos entregarmos a Ele, poderemos traí-Lo de várias maneiras, cometendo adultério espiritual.
O fato é que aquela mulher quando soube que Jesus estava na casa de um fariseu, correu para lá.
Ela não poderia deixar a oportunidade de mais uma vez agradecer e honrar Aquele que lhe havia mostrado o caminho para a vida eterna com Deus.
Ela tinha sido salva por Jesus de um apedrejamento, quando pega em adultério (João 8:1 a 11).
Os incrédulos ainda a viam como uma pecadora, de má reputação, mesmo depois dela ter abandonado a sua velha vida.
Glórias a Deus que nós sabemos que uma vez perdoados, o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (1João 1:9).
Essa mulher não estava preocupada com o que as pessoas diziam ou pensavam dela.
Ela queria expressar a sua gratidão, humilhando-se aos pés de Jesus, beijando os seus pés, derramando a sua melhor essência sobre Jesus.
Para ela Jesus não era simplesmente um profeta.
Era o seu Salvador, o único que poderia perdoá-la e poderia purificar a sua vida.
REVELAÇÃO PARA OS DIAS DE HOJE:
Aquela mulher tipifica a igreja comprada, lavada e purificada no sangue do Cordeiro.
Ela se humilhou e Jesus a exaltou (1Pedro 5:6).
Mas atentem para o detalhe: ela derramou, ofereceu e ungiu a Jesus com o precioso ungüento.
Valia 300 denários (que correspondiam a 300 dias de trabalho de alguém).
Deus me mostrou que assim como Jesus estava assentado em uma mesa e essa mulher o ungiu na presença dos inimigos dela;
Hoje temos a promessa:
“Preparas-me uma mesa, na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; meu cálice transborda” (Salmo 23:5).
Enquanto Jesus preparava uma mesa para ela na presença de Seus inimigos, ela, em gratidão, ungia a cabeça e os pés de Jesus (conforme as diversas narrações dessa história).
Todos se indignaram e começaram a acusá-la.
Mas Jesus disse: Ela fez o que vocês não fizeram, não me ungiram, não me honraram, não me beijaram os pés.
Perdoados estão os teus pecados. Vai em paz!
CONCLUSÃO:
Vaso de alabastro era uma espécie de mármore branquíssimo (carbonato de cálcio). Diante da luz era límpido. Era considerado o melhor material para conter uma unção tão preciosa.
Geralmente tinha um formato redondo, bojudo, com um gargalo estreito, que era cuidadosamente selado (selo do Espírito Santo: “... no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa,...”. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 1:13; 4:30).
Este vaso de alabastro pode-se hoje comparar à minha vida e à sua vida.
O Espírito Santo é o precioso óleo, é a unção com o Seu Santo Perfume.
O vaso quebrado aos pés de Jesus significa hoje honra e serviço, exalando o bom perfume de Cristo, quando o vaso está quebrado, só resta dele a essência,o bom perfume de Cristo, a entrega total.
Temos que orar:
Senhor eu quero ser como um vaso de alabastro.
Encha-me, transborda-me, sela-me com o Teu Santo Espírito.
Diante de Ti, na presença dos meus inimigos e das pessoas que ainda não Te conhecem, quero conter o melhor de Ti.
Na minha vida quero que todos vejam e reconheçam que o que está em mim é melhor e mais precioso, por causa do Espírito Santo.
Vejam que seu bom perfume é maravilhoso e inigualável.
Que o Teu Espírito revele a Tua Glória em mim e através de mim.
Amém!
Apa. Alice
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