quinta-feira, 18 de junho de 2009

Conquistando a mudança de sorte

Muitas vezes nos colocamos diante de Deus, querendo viver, alcançar ou conquistar uma benção.

Essa bênção muitas vezes tem a ver com uma mudança de sorte.

“Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem” (Gênesis 32:25).

Desejamos profundamente uma mudança no quadro atual das nossas vidas.

O que ocorre, porém, é que nos viciamos na atual condição, achando que o que temos hoje é a nossa segurança, já que em tempos difíceis, o melhor é preservar o que já foi conquistado por temer as incertezas do que virá pela frente.

Como diz o ditado: “Melhor é um pássaro na mão do que dois voando”.

Jacó conhecido como o trapaceiro, o enganador, o aproveitador já era próspero, possuía muitos bens, sua vida financeira com certeza era estável naquele momento.

Mas carregava em si, uma marca de sofrimento e medo.

Sofrimento, porque teve que trabalhar duro durante 20 anos para seu tio Labão, que sempre o lesava de alguma forma.

“38. Vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. 39. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. 40. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos. 41. Vinte anos permaneci em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas e seis anos por teu rebanho; dez vezes me mudaste o salário” (Gênesis 31:38-41).

Medo, porque se encontraria com Esaú ao voltar para sua terra. Terra essa que ele tinha abandonado justamente para fugir de seu irmão, tornando-se empregado de seu tio.

“9. E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Torna à tua terra e à tua parentela, e te farei bem; 10. sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; pois com apenas o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos. 11. Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos” (Gênesis 32:9-11).

Foi nesse momento que Jacó decidiu que precisava de uma mudança em sua vida.

Não podia mais viver como um fugitivo. Não podia mais viver com medo. Ao voltar para sua terra, em um dado momento ficou sozinho e lutou com ele um homem até o romper do dia.

A Palavra diz que Jacó lutou com Deus e com os homens e prevaleceu.

“22. Levantou-se naquela mesma noite, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau de Jaboque. 23. Tomou-os e fê-los passar o ribeiro; fez passar tudo o que lhe pertencia, 24. ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. 25. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. 26. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. 27. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. 28. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gênesis 32:22-28).

Seu nome foi mudado de Jacó (o traiçoeiro) para Israel (ele luta com Deus).

Devemos nos lembrar que Israel é o povo escolhido de Deus.

Foi uma mudança radical e marcou um novo período na vida de Jacó/Israel.

Para obter sua benção, Jacó até ignorou seu bem estar físico, pois enquanto lutava com o homem, a juntura de sua coxa foi deslocada, pelo que passou por Peniel manquejando.

“Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa” (Gênesis 32:31).

Jacó carregou em si, uma marca de Deus.

Essa marca jamais será esquecida.

Ao encontrar-se com Esaú, Jacó se inclinou por sete veze diante de seu irmão e foi surpreendido pela reação de Esaú.

“1. Levantando Jacó os olhos, viu que Esaú se aproximava, e com ele quatrocentos homens. Então, passou os filhos a Lia, a Raquel e às duas servas. 2. Pôs as servas e seus filhos à frente, Lia e seus filhos atrás deles e Raquel e José por últimos. 3. E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão. 4. Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram” (Gênesis 33:1-4).

Jacó encontrou a benevolência de Deus na atitude de Esaú.

Quando desejamos alguma coisa intensamente, devemos nos posicionar como alguém, que, de fato quer conquistá-la, não temendo a luta que travaremos para tal.

Sendo assim, uma marca será impressa em nós, uma marca de vitória, de conquista, de direito adquirido.

O inimigo verá essa marca e não poderá nos tocar.

Em Jesus Cristo, acabou-se a condenação: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1), somos novas criaturas, tudo se fez novo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Coríntios 5:17).

E a marca que repelirá o inimigo de nossas vidas é o sangue de Cristo por nós derramado na cruz.

Hoje somos livres, temos uma marca de vitória: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37), uma marca de conquista e somos um direito (povo) adquirido por Jesus na Cruz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pedro 2:9-10).

Pr. Fernando Pedro - 18/06/2009

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