domingo, 23 de agosto de 2009

Armas espirituais!






“1. E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde; mas, quando ausente, ousado para convosco, 2. sim, eu vos rogo que não tenha de ser ousado, quando presente, servindo-me daquela firmeza com que penso devo tratar alguns que nos julgam como se andássemos em disposições de mundano proceder. 3. Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. 4. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5. e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, 6. e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (2Coríntios 10:1 a 6).

INTRODUÇÃO:

Vamos analisar a necessidade de termos armas para enfrentar as guerras pelas quais passamos.

O texto que lemos fala que não são armas carnais, mas poderosas.

Se não são armas carnais são espirituais e isso nós queremos examinar com vocês.

Armas servem para a guerra e temos, cada vez mais, a convicção de que estamos em guerra.

ARMADURA E ARMAS:

Os três elementos básicos da arte de guerrear são mobilidade, poder de fogo e segurança.

As armas em si raramente determinavam os resultados da batalha, particularmente quando ambos os lados estão competindo equilibradamente.

Outros elementos são primordiais para que vençamos:

A habilidade com que estratégia e tática foram disponibilizadas para nós é que fazem a diferença.

Deus já nos deu em Sua Palavra todas as estratégias e as táticas para lutar contra o inimigo.

Estratégia: Combinação engenhosa para conseguir um fim. Ardil, astúcia, manha.

Tática: Arte de dispor e de empregar as tropas, no terreno, onde devem combater.

O espírito do comandante em dirigir sua tropa: o nosso comandante, Jesus Cristo, é o General da nossa batalha e sabe exatamente como devemos agir para vencer, porque ele venceu o nosso inimigo.

A precisão com que as tropas (nós) manejam suas armas foram fatores importantes em muitas batalhas mencionadas na Bíblia.

Temos que usar as armas espirituais adequadamente.

A Bíblia deixa claro que o fator mais decisivo para o sucesso de Israel na guerra foi sua obediência à vontade de Deus.

ARMAS DE ATAQUE – OFENSIVAS:

O arco e a funda (estilingue) eram as principais armas desenvolvidas para um conflito de longa distância.

O dardo e a lança para média distância.

A espada, o machado e a clava para curta distância.

ARCO:

Diversas madeiras naturais, algumas partes de chifres e tendões de animais fizeram a composição do arco tornar-se uma arma de suprema importância.

Depois na composição entrou o bronze.

O arco de corda era feito de cipó, corda natural, couro curtido ou de intestinos de boi ou camelo.

“Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze” (2Samuel 22:35).

O arco era retesado com a mão usualmente curvado com o pé, o que requeria força considerável.

Isto significa no reino do espírito ter os pés firmados em lugar que possam suportar a força necessária para essa guerra, ou seja: seus pés não podem estar em caminhos de lama, caminhos escorregadios, mas têm que estar sobre a Rocha, que é Jesus.

Suas mãos têm que estar retesadas em direção aos céus, significando sua oração fortemente estabelecida para vencer a batalha que está enfrentando.

FUNDA:

Complementando o arco havia a funda, usada originalmente pelos pastores para afastar animais que molestassem suas ovelhas.

Os discipuladores devem usar a funda quando estão distantes de seus discípulos, para atingir os inimigos que venham contra eles.

A funda gradualmente assumiu importância como uma arma de guerra, sendo sua principal vantagem a simplicidade.

Uma funda não só exigia pequena habilidade técnica para ser produzida, como as pedras usadas como projéteis estavam disponíveis no chão.

Sua principal desvantagem era que requeria treino intenso e experiência para conseguir habilidade no seu uso.

Espiritualmente podemos entender que a funda é o firme fundamento que temos (conhecimento) da Palavra de Deus.

As pedras são trechos específicos da Palavra que estão totalmente disponíveis para nós e que devemos usar para lançar de certa distância contra o inimigo.

A distância é o cuidado que devemos ter contra o poder de fogo e o grau de patente do inimigo.

Mas de longe, podemos acertá-lo com as promessas que temos de vitória na Palavra de Deus.

DARDO E LANÇA

Essas duas armas eram empregadas para combates de média-distância e eram similares em aparência, mas diferentes em comprimento e operação.

O dardo, geralmente mais leve e menor que a lança, era usado para lançamento.

Creio que o seu uso espiritual é semelhante às pedras lançadas com a funda.

A lança era similar, porém maior, mais pesada e empregada inicialmente como uma arma contundente.

Seu uso é no combate corpo a corpo, para atravessar o inimigo e o combatente tem que estar preparado para isso.

Por exemplo: ao enfrentar um demônio que está incorporado numa pessoa.

De qualquer modo essa arma é utilizada principalmente com autoridade do Espírito Santo e com a autoridade da Palavra de Deus sendo liberada nesse combate.

ESPADA

Um dos primeiros objetos feitos de ferro, a espada era empregada para perfurar ou golpear.

A espada perfurante desenvolvida como uma lâmina estreita e longa e afinava-se na ponta para furar o corpo.

A espada golpeante, por outro lado, tinha somente uma borda afiada, com a parte mais larga da lâmina não no centro, mas ao longo de sua borda cega.

Essa espada era quase sempre curva, dando-lhe muitas vezes a aparência de uma foice, mas com a borda externa, convexa afiada como a lâmina cortante.

O amplo uso das espadas de lâmina longa naquele tempo, explicam a frase repetidamente usada na Bíblia para descrever as conquistas de Josué sobre os cananitas: Josué os atingiu com a borda da sua espada.

Temos orientação em Efésios 6:17b do que é essa espada: “... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;...”.

CLAVA E MACHADO

A clava e o machado, desenvolvidos como alternativa para a espada antes que o metal bruto fosse forjado, eram destinados para luta manual.

As armas eram balançadas como um martelo para obter o efeito de um soco.

A cabeça (da clava e do machado) tinha que ser presa fortemente ao punho (parte de madeira) para prevenir que se soltasse ou quebrasse.

O punho de ambos, tanto da clava quanto do machado, tinha que ser alargado, estreitando-se em direção à ponta, para prevenir que a arma escorregasse da mão do guerreiro quando manuseada.

Essas armas eram carregadas na mão ou atadas à cintura através de um cinto.

A clava era usava para surrar e esmagar, o machado para perfurar e cortar.

Essas armas espiritualmente significam que devemos ter em nossas mãos, disponíveis sempre, porções fortes da Palavra de Deus quando estamos enfrentando o inimigo que está agindo na vida de um nosso irmão e que o deixa renitente contra o pecado.

E temos que arremessar diretamente contra o inimigo que age na vida de nosso irmão, para arrebentar-lhe a cabeça e destruí-lo completamente.

Eram usadas no cinturão do guerreiro, que significa estar cingidos da verdade (não acrescentando nossas opiniões ou versões).

Representa o cinturão da verdade: “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade...” (Efésios 6:14a).

PROTEÇÃO DEFENSIVA:

A mobilidade de um exército e seu poder de fogo estariam seriamente comprometidos, se os soldados não estivessem individualmente protegidos no campo de batalha.

ESCUDO:

Destinado a estabelecer uma barreira entre o corpo de um soldado e a arma de seu inimigo, o escudo era um dos mais antigos meios de proteção.

O lado direito de um combatente armado era desprotegido porque ele carregava suas armas na mão direita e o escudo na esquerda.

Naquele tempo era comum ungir o escudo como parte da consagração de um guerreiro israelita e suas armas de batalha.

Espiritualmente o escudo significa termos a proteção do Senhor Jesus Cristo, que é o nosso escudo, cobrindo toda a nossa frente, deixando apenas a mão e braço direitos livres para manusearmos bem as armas ofensivas.

COURAÇA:

A couraça pessoal protegia o corpo do combatente de ferimento enquanto usava suas mãos livremente para manejar suas armas.

O modelo primitivo de couraça deu origem à longa armadura.

Consistia de uma túnica comprida feita de couro ou alguma fibra resistente, depois, na era do bronze, consistia em centenas de pequenas peças sobrepostas de metal unidas, como escamas de peixes costuradas na superfície de uma túnica de tecido ou couro.

Espiritualmente significa que devemos ter todos os nossos pecados (por menores que sejam) cobertos com o sangue de Jesus, que trouxe a justiça (justificação) para a nossa vida, através do Seu sangue.

Não precisamos mais dar o nosso sangue para o inimigo.

A nossa proteção vem com a confissão de nossos pecados a cada vez que pecarmos.

CAPACETE:

Considerando-se que a parte mais vulnerável de um soldado em combate era sua cabeça sempre houve, desde o fim do quarto milênio a.C., preocupação com alguma forma de capacete protetor.

Entretanto, como a Bíblia deixa claro: Deus é a verdadeira Cabeça e o verdadeiro Protetor de seus guerreiros.

Quando Israel se esquecia disso, seus soldados eram derrotados.

A ARMADURA DE DEUS:

“10. Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 12. porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. 15. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; 16. embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18. com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos 19. e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, 20. pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo” (Efésios 6:10 a 20).

Ap. Bertoni - 23.08.09

2 comentários:

  1. que mensagem abençoada tem como adquerir essa mensagem??

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  2. Olá Jane! Entre em contato com marcelo.pimentel@igrejaaguas.com.br.

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